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Análise

Morning Call: baixa liquidez antes da véspera de Natal

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Hugo Carone

Cenário global e bolsa de valores

O natal chegou com presente magro para o mercado Asiático, que de forma unanime encerrou com leve alta: Tóquio (Nikkei +0,83%), Hong Kong (Hang Seng +0,40%), Xangai (SSEC +0,57%), e Seul (KOSPI +0,46%). Sem grandes novidade por lá, o destaque do dia ficou por conta do anúncio feito pela estatal Chinesa CCTV, informando que o país montou um empresa nacional de terras raras e que será operada por reguladores de ativos estatais. A empresa beneficiada é a China Minmetals Rare Earth Co Ltd, que por sua vez detém 20,3% da nova empresa criada. Ao longo do pregão a China Minmetals chegou a se valorizar mais de +8%, mas encerrou o dia com leve alta de +0,30%.

A Europa começa sua quinta feira com baixo volume e por enquanto leve alta nas suas bolsas, onde os índices trabalhavam da seguinte forma: Londres (FTSE +0,20%), Frankfurt (DAX +0,51%), Paris (CAC +0,35%). O mercado por lá continua indeciso sobre os impactos da variante Ômicron e com isso temos temos visto a recuperação do mercado quando não ocorre nenhuma novidade negativa, mesmo com as restrições impostas por alguns países. A alta do mercado Americano na quarta feira pode estar dando gás a essa leve alta nesse último pregão da semana.

O mercado norte americano segue com uma quinta feira fraca mas com os futuros apontando para uma leve alta de +0,25% para o SP500. Se o fechamento do dia ficar com uma alta de +0,45% ou mais, teremos novamente um fim de pregão em região de topo histórico depois de 8 pregões sem renovar patamar. O VIX volta a ficar mais calmo, mas parece encontrar um importante suporte (piso) na faixa dos 16,00, que vem sendo respeitado desde abril. Passando um pouco para as commodities, o petróleo do tipo BRENT opera em leve alta de +0,41% e por enquanto longe da importante barreira dos $78,00, atualmente em $75,59 e por outro lado o minério de ferro operava em queda de -0,52%, mas longe de sua mínima quando operava com queda de +3,00%.

Futuros: S&P 500 4.708,3 (+0,25%); Petróleo: Brent a US$ 75,59 (+0,41%); WTI a US$ 73,00 (+0,33%); Ouro: +0,19%, a US$ 1.805,65 a onça-troy na Comex; Minério de Ferro (-0,52%) a 125,40.

Cenário no Brasil

Ontem o mercado Brasileiro sofreu uma leve queda, o impacto negativo foi maior se comparado ao desempenho das bolsas internacionais. A baixa liquidez essa semana e muito provável na semana que vem também, deve continuar impactando os ativos no curto prazo que tem sofrido bastante com a alta volatilidade. Por aqui na agenda temos a divulgação do IPCA-15 que deve ocorrer logo na abertura do mercado à vista, 10 horas. O mercado espera na sua projeção anual uma variação de 10,45% ante o dado prévio que tinha sido de 10,73%, valor elevado ainda, porém com esperança de desaceleração, se vier acima, o DI pode estressar e por consequência impactar o Ibovespa.

Ibovespa

Vamos ver se o fechamento de hoje vai confirmar novamente a perda do suporte referente a MME9 do semanal. Caso isso ocorra volta a rondar o fantasma dos 100k, mas que no primeiro momento seria um importante suporte para o índice novamente. Em caso de força compradora, podemos encontrar no caminho uma barreira na faixa dos 111.000. O importante daqui pra frente para uma visão positiva é formar um fundo acima do último ponto perto dos 100k e em seguida romper a região dos 109.500, isso deveria trazer mais fluxo comprador para o IBOV.

Indicadores econômicos e eventos:
10:00 BRA – IPCA-15
10:30 – EUA – Núcleo de pedidos de bens duráveis
10:30 EUA – Pedidos inicias por seguro-desemprego
12:00 – EUA – Vendas de casas novas

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