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Análise

Morning Call: bolsas globais sobem, mas dados dos EUA podem trazer volatilidade

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global: as bolsas europeias abriram com altas consistentes hoje, depois do movimento de queda ontem, puxadas agora por ganhos dos setores de commodities e financeiro, a “velha economia” que tem se beneficiado da retomada das atividades no continente, nos EUA e na China. Há otimismo também sobre os balanços de empresas e recuperação econômica mais rápida na região. Os lucros corporativos devem disparar 83,1% no primeiro trimestre, de acordo com dados da Refinitiv IBES. Além disso, na zona do euro, o PMI composto subiu a 53,8 pontos em abril, ante 53,2 em março, enquanto a previsão era de 53,7 e o PMI de Serviços final avançou de 49,6 em março a 50,5 em abril, ante consenso de 50,3.

Hoje teremos dados importantes nos EUA relacionados ao mercado de trabalho e que pode trazer volatilidade para os juros, câmbio e bolsa. Se superar as expectativas, o relatório ADP com os empregos privados nos EUA em abril (9h15) pode reforçar os receios de pressões inflacionárias e a expectativa de alta antecipada do juro americano, conforme a secretária do tesouro americano, Janet Yellen, deixou escapar ontem em declarações ao Wall Street Journal e que ajudou a puxar as taxas futuras do DI na véspera do Copom, aqui no Brasil.

Brasil: em relação a decisão de política monetária hoje (18h30), o mercado se posiciona para um comunicado do Banco Central sugerindo aumentos adicionais da Selic, que sobe hoje a 3,5%, conforme amplamente esperado pelo mercado e sinalizado em diversas ocasiões pelo próprio Bacen. Antes, a produção industrial de março já deve trazer o impacto da piora da pandemia no Brasil, mas isso é uma visão de retrovisor, já passou, o mercado quer olhar para frente e entender como será daqui em diante. Na CPI da Covid, Teich depõe às 10h, enquanto a reforma tributária já causa divergências no Congresso. Cenário político não ajuda, como de costume!

Ásia: bolsas fechadas no Japão, China e Coreia do Sul por feriado; Em Hong Kong, índice Hang Seng fechou em baixa de 0,49%; Europa: bolsa de Frankfurt sobe 1,38%, Londres +1,15%, Paris +0,83% e Madri +1,16%; NY/Pré-mercado: futuro de Dow Jones sobe 0,27%, S&P 500 +0,35% e Nasdaq +0,55%; Petróleo tipo Brent para julho sobe 1,35%, cotado a US$ 69,81 o barril; Ouro para junho sobe 0,10%, para US$ 1.777,75 a onça-troy.

Ibovespa: ontem, a bolsa brasileira fechou perto das mínimas (117.630,62), seguindo a cautela no exterior. Pesaram negativamente o aumento do risco político com o início das audiências da CPI da Covid e o incômodo do fatiamento da reforma tributária também entrou no radar. O IBOV tem como residência importante os 122 mil pontos. Porém, o índice segue consolidando uma tendência de alta no curto prazo ao deixa para trás uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), o Ibovespa mantém a sua tendência de alta também.

Indicadores:
Brasil
IBGE: Produção industrial em março e no 1TRI (9h)
BC: Copom anuncia decisão sobre a Selic (18h30)
Ex–ministro da Saúde Nelson Teich depõe na CPI da Covid (10h)
Balanços de Braskem, Copel, Engie, Taesa, TIM, Ultrapar, AES Brasil, BR Properties, GPA e Lojas Quero-Quero
EUA
Balanços de GM (8h30)
ADP: relatório sobre criação de empregos no setor privado em abril (9h15)
IHS Markit: PMI composto e PMI de serviços em abril (10h45)
IHS Markit: PMI de global de serviços em abril (12h)
DoE: Estoques de petróleo da semana até 30/04 (11h30)
Europa
Alemanha/IHS Markit: PMI composto e PMI de serviços em abril (4h55)
Zona do euro/IHS Markit: PMI composto e PMI de serviços em abril (5h)
Zona do euro/Eurostast: PPI de março (6h)

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