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Análise

Morning Call: bolsas sobem, mas de olho nos dados econômicos; juros e inflação

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global: o mercado de juros no Brasil e no exterior continua em destaque hoje. Diante da cautela com a covid, o Banco da Inglaterra (BoE) não mexeu na política monetária, manteve a taxa básica de juros em 0,10% e volume da recompra de títulos em 895 bilhões de libras. Nos EUA, a revisão do PIB/1TRI (9h30) e os discursos de membros do Fed podem gerar expectativas e mesmo com o tom ameno do presidente, Jerome Powell, o mesmo vem sendo contrariado por declarações dos próprios dirigentes no sentido de ritmo do tapering (redução de estímulos monetários) e isso está deixado os investidores confusos e cautelosos. 

As bolsas europeias operam em alta nesta quinta-feira, seguindo o fluxo dos índices futuros em NY. Impulsiona o otimismo dos investidores o índice IFO de sentimento de empresas na Alemanha, que subiu a 101,8 em junho, acima do consenso de 100,5, atingindo o maior nível em mais de dois anos. As bolsas também se beneficiam de ações ligadas aos setores de turismo e bancário. 

Ásia: na China, índice Xangai Composto fechou estável (+0,01%), aos 3.566,65 pontos; Tóquio, Nikkei também ficou estável, aos 28.875,23 pontos; Hong Kong, Hang Seng subiu 0,23%,para 28.882,46 pontos; em Seul, Kospi valorizou 0,30%, aos 3.286,10 pontos; Europa: índice Stoxx 600 opera em alta de 0,64%, aos 455,98 pontos; Bolsa de Frankfurt sobe 0,72%, Londres +0,27%, Paris +0,96% e Madri +1,28%; NY/Pré-mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,49%, do &P 500 +0,46% e do Nasdaq +0,56%; Petróleo: Brent para agosto sobe 0,12%, cotado a US$ 75,28 o barril; WTI para o mesmo mês estável (+0,04%), a US$ 73,11 o barril; Ouro para agosto em ligeira queda de 0,08%, cotado a US$ 1.782,05 a onça-troy; Minério de ferro fecha em queda de 1,18% em Qingdao, cotado a US $ 213,46 a tonelada.

No Brasil, a agenda econômica ganha força e começa cedo com a publicação do Relatório Trimestral de Inflação (8h), as apostas mais agressivas para a Selic serão colocadas à prova pelo RTI e pela entrevista de Roberto Campos Neto (11h), mas o mercado também pode incluir no pacote de riscos a tensão política em Brasília, após a explosão do caso Covaxin. Enquanto os investidores monitoram os ruídos políticos, os ativos locais podem sofrer influência também da contradição entre membros do Fed e por isso, os indicadores econômicos que mostram números sobre a atividade, inflação e desemprego são tão relevantes, pois determinarão o ritmo e proporção da retirada de estímulos monetários. 

Ibovespa: fechou em queda acompanhando as bolsas de Wall Street sem grandes movimentos e agenda de indicadores esvaziada ontem. Após subir no início do pregão puxada pelas commodities (no máximo, 129.900,84), o Ibovespa enfraqueceu com as bolsas internacionais e piorando após fala hawkish do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, de que espera alta dos juros nos EUA já no fim de 2022. O índice fechou em queda de 0,26%, aos 128.427,98 pontos, com giro de R $ 30,1 bilhões. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo, porém sinais de uma possível correção foram dados, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico. Investidor estrangeiro retirou R$ 640,39 milhões da B3 em 22 de junho, terça-feira e no acumulado de junho, estrangeiro ingressou com R$ 14,22 bilhões na bolsa brasileira; no ano, saldo é positivo em R$ 45,6 bilhões.

Indicadores:
Alemanha/Ifo: índice de sentimento das empresas de junho (5h)
Reino Unido: BoE divulga decisão de política monetária (8h)
EUA/Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 19/06 (9h30)
EUA/Depto do Comércio: Encomendas de bens duráveis de maio (9h30)
EUA: terceira estimativa do PIB do 1TRI (9h30)
México: Banxico divulga decisão de política monetária (15h)
Tesouro faz leilão de LFT (11h)
BC faz leilão de até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões), em rolagem (11h30)
Conselho Monetário Nacional (CMN) realiza reunião (15h)
FGV: Confiança do Consumidor de junho e IPC-S Capitais da 3ª quadrissemana de junho (8h)
BC divulga Relatório Trimestral de Inflação (RTI) (8h)
Presidente do BC, Roberto Campos Neto, e diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, participam de coletiva sobre o RTI (11h)

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