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Análise

Morning Call: o mercado estava certo e Bancos Centrais reagem à inflação

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global: os mercados externos ainda digerem à mudança de posicionamento do Federal Reserve (Fed) ontem, ao indicar que pode elevar a taxa de juros nos EUA antes do previsto, o que mantém bolsas e commodities em queda, dólar se fortalece frente as principais divisas e juros estáveis, pois boa parte da curva já precificava esta possibilidade. 

Os investidores estão indecisos, de um lado há expectativa de forte recuperação da economia global, pacotes fiscais robustos e alta liquidez; pelo outro lado, os riscos inflacionários e a possibilidade de uma retirada antecipada dos estímulos monetários trazem um ambiente de mais cautela no curto prazo, porém ainda com viés positivo. Na Ásia, apesar do forte crescimento, dados da atividade indicam uma desaceleração da segunda maior economia do mundo, que tenta conter a alta das commodities.

Zona do euro: CPI final sobe 2% em maio na comparação anual, no consenso, e supera meta do Banco Central Europeu e sobe 0,3% em maio ante abril, conforme previsões; Ásia: na China Continental, Xangai Composto fechou em alta de 0,21%, aos 3.525,60 pontos; Tóquio, Nikkei caiu 0,93%, para 29.018,33 pontos; Hong Kong, Hang Seng subiu 0,43%, aos 28.558,59 pontos; em Seul, Kospi caiu 0,42%, para 3.264,96 pontos; NY/Pré-mercado: futuro do Dow Jones cai 0,27%, do S&P 500 -0,29% e do Nasdaq -0,45%; Petróleo estável: Brent para agosto cai 0,03%, cotado a US$ 74,37 o barril; WTI para julho sobe 0,01%, para US$ 72,16 o barril; Ouro para agosto cai 3,21%, cotado a US$ 1.801,65 a onça-troy; minério de ferro fecha em alta de 3,15%, cotado a US$ 220,82 a tonelada em Qingdao.

Brasil: a Pfizer antecipou a entrega de doses e isso deve repercutir de forma positiva. Em Brasília, ficou para hoje (10h) a votação da MP da Eletrobras, que ganhou novos “jabutis” no Senado. Ontem, o Copom fez exatamente o que o mercado projetava, elevou a taxa Selic para 4,25% (+0,75%) e retirou do comunicado a expressão “ajuste parcial” do juro, que leva a uma interpretação de que o banco central brasileiro poderá elevar a Selic ao nível neutro ainda este ano (em torno de 6% ou mais), taxa de juros que estabilizará a inflação, mas em contrapartida pode prejudicar o crescimento. Além disso, o Banco Central já deixou contratado mais uma elevação na próxima reunião em agosto, indicando que pode atuar mais forte neste sentido caso a inflação piore.

No dia seguinte ao Copom da “Super Quarta”, o câmbio poderá ter impactos hoje de um potencial ciclo maior e mais rápido da Selic. Em comunicação agressiva do Banco Central, há perspectiva de que o juro vai reagir à inflação, mas uma parte já está na conta e ainda pode pressionar a moeda norte-americana abaixo do suporte de R$ 5,00.

Ibovespa: retomou os 129 mil pontos perdidos (no mínimo, 128.345,03) ao acompanhar a reação de NY à sinalização de aperto mais rápido, para 2023. Passada a coletiva de Powell, os mercados se acomodaram e o índice caiu 0,64% no fechamento, aos 129.259,49 pontos, com volume financeiro forte de R$ 93,7 bilhões. Ações do setor financeiro foram os destaques na “Super Quarta”, beneficiadas pelos juros mais altos. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo e sem resistências pela frente ou sinais de possíveis correções, porém encontrando grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos. Investidor estrangeiro retirou R$ 350,13 milhões da B3 em 15 de junho, terça-feira; no acumulado de junho, estrangeiro ingressou com R$ 12,7 bilhões na B3; no ano, saldo é positivo em R$ 44,08 bilhões.

Indicadores:
Fipe: IPC da 2ª quadrissemana de junho (5h)
FGV: IPC-S Capitais da 2ª quadrissemana de junho (8h)
Senadores retomam votação da MP que permite a privatização da Eletrobras (10h)
Tesouro faz leilão de venda de LTN, NTN-F e LFT (11h)
BC faz leilão de até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões), em rolagem (11h30)
CMN tem reunião extraordinária para analisar Plano Safra 2021/22 (15h)
EUA/Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 12/06 (9h30)
Zona do euro/Eurostat: CPI final de maio (6h)

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