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Análise

Morning Call: pós-feriado com Copom e Petro no radar

Os principais fatos que podem impactar os mercados e uma breve análise do nosso índice Bovespa.

Fachada da sede da Petrobras com logo da empresa no RJ
16/10/2019 REUTERS/Sergio Moraes

Cenário Global e de bolsa de valores

As ações da China subiram por uma terceira semana consecutiva, desafiando uma onda global de liquidação de ações desencadeada pelo medo de aumentos agressivos dos juros, uma vez que os investidores começam a ver a política monetária de Pequim como suporte para as ações que se beneficiarão da reabertura econômica depois da Covid e do estímulo massivo.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em alta de 1,39%, para uma máxima de fechamento de três meses e chegando a três semanas de ganhos. O índice de Xangai subiu 0,96% e o índice de Hong Kong Hang Seng avançou 1,1%.

Enquanto isso na zona do euro, a inflação anual subiu para um recorde de 8,1% no mês passado, em linha com a estimativa preliminar e mais de quatro vezes a meta do Banco Central Europeu, ressaltando seus planos de aumentar as taxas de juros no próximo mês para domar o crescimento dos preços em fuga.

Inicialmente impulsionada pela escassez da oferta pós-pandemia e pelo aumento dos preços da energia após a invasão russa da Ucrânia, a inflação tornou-se agora cada vez mais ampla, afetando tudo, desde alimentos e serviços até bens de uso diário.

Nos Estados Unidos, os índices de ações fecharam em forte baixa nesta quinta-feira, em uma ampla liquidação, com o aumento dos temores de recessão após movimentos de bancos centrais de todo o mundo para conter a inflação crescente, na esteira do maior aumento de juros do Federal Reserve desde 1994.

Na abertura, Londres operava em alta de +0,90%; Frankfurt, +1,08%; Paris, +1,22% e Madrid, +1,35%. Já os futuros americanos: Dow Jones (+0,62%), S&P 500 (+0,82%), Nasdaq (+1,09%); Petróleo: Brent a USD 120,34 (+0,44%); WTI a USD 117,92 (+0,28%); Ouro: -0,10%; USD 1.848,10 a onça-troy.

Cenário no Brasil e Ibovespa

No Brasil, deve repercutir nesta sexta-feira pós-feriado a decisão do Banco Central de elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano, e prever novo aumento para a próxima reunião em agosto.

A Petrobras segue no radar, uma vez que de acordo com a mídia local a estatal deve anunciar aumento nos preços do diesel e da gasolina nesta sexta-feira. Se confirmado o aumento, ele virá pouco depois de o presidente Jair Bolsonaro voltar a pedir que a empresa não reajuste os preços dos combustíveis e sugerir que um novo aumento teria motivações políticas contra seu governo.

O dólar spot teve baixa de 2,07% na quarta-feira pré-feriado, encerrando o dia a R$ 5,02.

O Ibovespa fechou em alta, na quarta-feira, reagindo após oito quedas consecutivas, em sessão marcada por decisão do banco central norte-americano de aumentar o ritmo do aperto monetário para conter a inflação nos Estados Unidos. O Ibovespa subiu 0,73%, encerrando o dia em 102.806 pontos.

Do ponto de vista técnico de longo prazo, com o domínio da força vendedora das últimas semanas, o Ibovespa retornou para a região de suporte da média exponencial de 200 períodos (MME200), aos 102.420 pontos, ou seja, o IBOV está negociando muito próximo a uma região de suporte importante. Se romper essa região e encerrar a semana abaixo dessa faixa de valores, os 100.000 pontos novamente tornam-se referência de suporte imediatamente inferior.

Indicadores econômicos e eventos
BRA
10:00 – IBC-Br (Mar)

EUA
09:45 – Discurso de Powell, Presidente do Fed  
10:15 – Produção Industrial (Anual) (Mai)

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