Para quem nunca tinha tido acesso a uma ação estrangeira, os BDRs – ou recibos de ações – foram um prato cheio depois de serem liberados ao investidor pessoa física na bolsa brasileira (B3). Para ter uma ideia, de 2019 até hoje, tanto aumentou significativamente o número de investidores dessa modalidade como consequentemente o volume negociado.
Em 2019 foram movimentados R$ 2,1 bilhões em negociações de BDRs na B3. Já em 2020, esse número saltou para mais de R$ 10 bilhões. Julho deste ano encerrou com uma movimentação de R$ 16 bilhões. Os investidores não residentes no Brasil foram os que mais negociaram os ativos, seguido por institucionais e pessoas físicas. Porém, o número deste último subiu dos 3 mil para mais de 122 mil em igual período.
BDRs mais negociados
Na lista dos recibos mais buscados na B3, os recibos da Tesla (TSLA34) lideram – pelo menos até o segundo trimestre deste ano. Em sequência vem Mercado Livre, Apple, Amazon, Microsoft, Alibaba, Facebook, Alphabet (dona do Google), Moderna e Disney.
Porém, essa lista não quer dizer que estes foram ou vem sendo os BDRs mais rentáveis. Aliás, deste ranking da B3, apenas um entra nos TOP 10 quanto a maior rentabilidade:
| 10 BDRs MAIS NEGOCIADOS | TICKER |
| Tesla | TSLA34 |
| Mercado Livre | MELI34 |
| Apple | AAPL34 |
| Amazon | AMZO34 |
| Microsoft | MSFT34 |
| Alibaba | BABA34 |
| FBOK34 | |
| Alphabet | GOGL34 |
| Moderna | M1RN34 |
| Disney | DISB34 |
BDRs mais rentáveis
O BDR da farmacêutica Moderna é quem encabeça a lista com os 10 recibos de ações mais rentáveis da bolsa. Os recibos registraram uma impressionante alta de 330% entre 30 de julho de 2020 até 30 de julho de 2021.
Alguns nomes não tão conhecidos do investidor brasileiro despontam, como as siderúrgicas US Stell, Ternium, ArcelorMittal; o grupo de luxo de moda Capri Hold, Tapestry e L Brands; a famosa rede de departamentos, Macys, além da mineradora americana Free Port. A segunda farmacêutica que desponta entre os 10 BDRs é a Biontech (B1NT34).
| 10 BDRS MAIS RENTÁVEIS | |
| Moderna | 329% |
| US Steel | 262% |
| Biontech | 251% |
| Capri Hold | 247,3% |
| Ternium | 220% |
| Arcelor | 205% |
| Tapestry | 191,5% |
| L Brands | 178,4% |
| Macys | 177,8% |
| Free Port | 163% |
O levantamento dá uma dimensão de quais as empresas que recuperaram o fôlego com a crise causada pela covid-19. O setor de moda aparece 4 vezes no levantamento da B3. Já o o de siderurgia aparece três vezes, o que mostra como elas foram beneficiadas pela demanda de aço chinesa no período levantado. O mesmo aconteceu com a Vale (VALE3) aqui no Brasil.
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