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Como a diversidade está ligada à inovação e tecnologia?

ESG News conversa com Raquel Virgínia, CEO e fundadora da startup de aceleração LGBTQPIA+ Nhaí.

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Para dialogar sobre a relação entre inovação, tecnologia e o empreendedorismo negro e a diversidade, nossa colunista Liliane Rocha convidou para o quarto episódio de seu programa, a empreendedora Raquel Virgínia, que fundou e preside a Nhaí – startup que acelera a inovação em empresas e marcas a partir da diversidade. 

Entre os temas abordados durante a conversa, Raquel Virgínia reforçou o propósito de sua empresa que é dar visibilidade para profissionais LGBTQPIA+.

“Hoje a minha maior missão é contribuir para que essa comunidade esteja no mundo corporativo e, como mulher trans e negra, eu também tenho o compromisso de acabar com o estigma que recai sobre essa população, liderando a mudança para que eles possam estar nas empresas, nas lideranças”, diz a executiva. 

A Nhaí já assinou projetos e parcerias com grandes empresas como a Pepsico, Avon, Ambev, AlmapBBDO, Globo, Pinterest, DocuSign entre outras. Hoje, a empresa tem em seu portfólio de serviços consultorias customizadas, marketing de influência e projetos autorais. 

Este ano, a consultoria criou o Contaí, primeira plataforma de aceleração de empreendedores LGBTQPIA+ do Brasil, que já impactou mais de 500 empreendedores e empreendedoras nos últimos seis meses.

Uma das primeiras iniciativas da plataforma foi a realização de uma pesquisa com empreendedores LGBTQPIA+ que mostra que 47% deles estão informais e que, apesar de movimentarem a economia, continuam desbancarizados.

“A Contaí é um projeto que consegue pensar o quanto hoje é possível potencializar as empresas, tornando-as muito mais competitivas e robustas no mercado, desde que a gente traga a população LGBTQPIA+ para o centro da economia formal”, acredita Raquel. 

Liliane Rocha trouxe para o diálogo dados do estudo Diversidade, Representatividade & Percepção – Censo Multissetorial da Gestão Kairós, realizado com mais de 26 mil respondentes entre 2019 e 2021, que confirma essa sub-representatividade, já que em grandes empresas de diversos setores da economia menos de 1% do quadro funcional e da liderança (gerente e acima) são formados por profissionais Transgênero (Travestis e Transexuais).

A CEO e Fundadora da Gestão Kairós quis saber de Raquel o que as empresas perdem quando não têm essa representatividade em suas equipes, “As organizações perdem senso de resiliência, resistência, criatividade, elas deixam de aproveitar prismas extremamente potentes de pessoas que estão acostumadas a criar soluções o tempo todo para continuar vivendo. Então são sensos que toda empresa quer e precisa!”, diz Raquel Virgínia. 

Quer aprender mais sobre ESG? Então, acesse a coluna e fique por dentro deste e outros assuntos que certamente vão refletir nas decisões empresariais daqui para o futuro.

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