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Congestionamento sem motorista mostra que direção autônoma ainda deve evoluir
Falha no funcionamento de 10 veículos operados pela Cruise tumultuou trânsito em São Francisco.
Uma cena bizarra reacendeu o debate em torno da eficiência da tecnologia de condução autônoma nos Estados Unidos. Na semana passada, um congestionamento envolvendo vários carros sem motorista tumultuou o trânsito em São Francisco.
Tudo aconteceu por conta de falhas no funcionamento de 10 Chevrolet Bolt operados pela Cruise, empresa de carros autônomos de propriedade da General Motors. Testemunhas afirmaram que o engarrafamento se deu porque um dos veículos estava parado no topo de uma ladeira sem motivo aparente.
A razão para a pane nos veículos pode estar na realização de um festival de música na mesma cidade. De acordo com a Cruise, o evento teria causado interferência nas conexões de rede que dirigem os automóveis.
“Um grande festival resultou em restrições no funcionamento de banda larga, causando atrasos na conectividade de nossos veículos. Estamos investigando constantemente e trabalhando nas soluções para impedir que problemas como esse venham a se repetir. Pedimos desculpas àqueles que foram prejudicados pelo problema”, escreveu a Cruise e, um post nas redes sociais.
Incidentes poderiam ter sido evitados por motoristas humanos
Ironicamente, o caso veio à tona apenas um dia após o estado de São Francisco ter aprovado a expansão das operações de táxis autônomos de Cruise e Waymo, que até então realizavam corridas sem motoristas em determinados horários. Agora, as empresas poderão operar seus veículos ininterruptamente pelas ruas locais.
Em tempo: o congestionamento causado pelos carros autônomos se desfez em 20 minutos, mas essa não foi a primeira vez que isso aconteceu. Alguns meses atrás, um engarrafamento com oito veículos da Cruise bloqueou importantes vias de São Francisco por horas. As causas da pane nunca foram explicadas pela empresa da GM.
Em abril deste ano, um carro da mesma Cruise bateu em um ônibus municipal, enquanto outro não obedeceu uma ordem policial para parar. Ambos os casos poderiam ter sido evitados se motoristas humanos estivessem ao volante.
Ao que parece, a tecnologia ainda precisa ser desenvolvida com mais cautela antes de evoluir a ponto de ser oferecida comercialmente.
As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação.
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