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Quais cuidados tomar ao emprestar meu dinheiro para amigos e parentes?
É preciso estar alerta de que dinheiro pode virar uma ‘doação’ em vez de empréstimo.
Resposta de Tiago Almeida*
Quando se fala em emprestar dinheiro para amigos e parentes, caso não sejam tomados os devidos cuidados, esse dinheiro pode virar uma doação ao invés de um empréstimo propriamente dito.
Se pensamos em emprestar um dinheiro, devemos perguntar por que o tomador não o fez no banco ou através das plataformas de empréstimo pessoal disponíveis via aplicativos. Sabendo isso entenderemos quais os pontos principais da instituição considerou para negar e se queremos continuar mesmo assim.
Hoje em dia é permitido o empréstimo entre pessoas físicas, sem que caracterize agiotagem. Mas a prática de agiotagem ainda existe e é caracterizada pelos abusos, desde juros cobrados até a forma de cobrança.
Primeiro ponto é saber qual o objetivo desse recurso. Caso seja para abrir um negócio, entender se possui um Plano Integrado de Negócios, que é um estudo da abertura do negócio até o momento de payback do negócio, se for para aquisição de um bem, da mesma forma saber a projeção do fluxo financeiro e físico da obra.
Esse tipo de cuidado permite que o investidor empreste o recurso apenas para o objetivo final, sem prejuízo de desvio de finalidade. Além disso a saída de recurso irá acontecer de forma gradativa, permitindo a retenção dos depósitos seguintes em caso de alguma situação irregular ao acordo.
Muitas pessoas estão caindo em golpes de pirâmides financeiras com dinheiro emprestado de familiares!
Antes de emprestar o recurso é bastante importante saber de onde virá o dinheiro das parcelas de pagamento do empréstimo e caso seja uma “aposta” de um milagre de investimento, tome muito cuidado e converse com um planejador fiduciário para orientação, incluindo o tomador do crédito. Pois não existe rentabilidade garantida, principalmente se forem altos rendimentos.
Outra recomendação importante é jamais emprestar um dinheiro que venha da sua reserva de emergência, pois isso pode prejudicar muito sua liberdade financeira, principalmente se você de investidor se tornar tomador de crédito.
Com a orientação do planejador fiduciário poderá ser feito um ajuste para que o fluxo de pagamentos fique bom para ambos os lados (investidor e tomador), sem que prejudique a rentabilidade de quem empresta e os juros pagos de quem usufrui do crédito.
Sempre importante ter esse crédito formalizado através de um contrato simples com reconhecimento de firmas e alguns casos pode se usar a Nota Promissória, caso seja necessário exigir o pagamento no caso de falecimento do tomador ou inadimplência.
Um planejador fiduciário terá sempre uma função importante na orientação de ambos os lados para que tenham bons retornos e sejam felizes com suas decisões financeiras.
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*Planejador da Fiduc
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