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Quem é a protagonista do filme da sua vida?

Fiquei especialmente inspirada por ver tantas mulheres protagonizando a 93ª edição do Oscar.

Chloe Zhao, diretora de Nomadland
Chloe Zhao posa para foto com estatuetas do Oscar em Los Angeles. Chris Pizzello/Pool/REUTERS

Na semana passada, encerrei um curso da Fin4She sobre empoderamento feminino com a participação de 90 mulheres. Foram seis encontros de muitas trocas e, como sempre, gosto de ouvir e aprender com tantas histórias e relatos.

Eu conduzi um dos encontros no qual falei sobre a importância do protagonismo feminino. E, para minha surpresa, me senti especialmente inspirada por ver tantas mulheres protagonizando a 93ª edição do Oscar no último domingo (25).

Vou repetir o que tenho dito aqui nesta coluna: é momento de despertar!

Neste mês, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que promove o Oscar, anunciou uma série de diretrizes sobre inclusão e diversidade que os cineastas terão que cumprir para que seu trabalho seja elegível ao prêmio de Melhor Filme a partir de 2024.

Isso representa o início de uma nova fase, com um esforço para promover a diversidade dentro e fora das telas. As novas regras estabelecem quatro padrões de representatividade, dos quais ao menos dois devem ser seguidos para que produções cinematográficas sejam elegíveis ao prêmio.

Além disso, tivemos mais representatividade nas premiações. Pela primeira vez, uma mulher de origem asiática levou a estatueta na categoria de Melhor Direção. A cineasta chinesa Chloé Zhao recebeu o prêmio pelo filme “Nomadland”, sobre uma mulher em busca de trabalhos após uma depressão econômica nos Estados Unidos.

O longa também recebeu o prêmio de Melhor Filme. A cineasta, de 39 anos de idade, nasceu na China e viveu no país até os 14 anos. Zhao é a segunda mulher a ganhar o prêmio de Melhor Diretor no Oscar. A única outra mulher premiada na categoria é Kathryn Bigelow, que venceu por “Guerra ao Terror” em 2009.

Reconhecer e premiar mulheres

Quando premiamos e reconhecemos mulheres, elas têm mais chances de conseguirem avançar em seus projetos e terem sucesso. Ou seja, quando nós mulheres somos protagonistas e, mais do que isso, nos sentimos protagonistas, damos a oportunidade de mais mulheres se conectarem e se sentirem representadas.

O que acontece quando uma mulher se descobre protagonista da sua vida? Ela assume uma autorresponsabilidade pelas suas escolhas e posicionamentos. Ela acredita mais nela mesma e compreende que ser coadjuvante ou protagonista é uma questão de escolha. Só que essa escolha é a de si própria.

O exemplo de Cara E. Yar Khan

Eu acredito que essa jornada começa em nós mesmas e que não existe protagonismo sem coragem para despertar e quebrar paradigmas. Um exemplo disso é Cara E. Yar Khan, uma defensora internacional dos direitos humanos que promove a inclusão de pessoas com deficiência.

Depois de ser diagnosticada com uma doença genética rara que deteriora os músculos, disseram a Cara que que ela teria que limitar suas ambições de carreira e reduzir seus sonhos. Ela ignorou esse conselho e continuou a perseguir suas maiores ambições.

Ao conhecer a incrível história de Cara, aprendi que o equilíbrio entre coragem e medo é onde reside a magia. Nós precisamos caminhar com cuidado entre os dois, porque não podemos ficar sem nenhum deles.

É momento de despertar. E, para despertar, é preciso coragem.

*Co-fundadora do Fin4she, atualmente é responsável por liderar e implementar os projetos para promover o protagonismo das mulheres no mercado e a independência financeira feminina. É a idealizadora do Women in Finance Summit Brazil, com mais de 800 mulheres do mercado inscritas. Foi executiva da Franklin Templeton por 10 anos e trabalha no mercado financeiro desde 2006. É mãe do Tom e do Martin e através do Fin4she tem a missão de promover uma transformação na carreira e vida das mulheres, para que iniciativas como essa não precisem existir mais no futuro.

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