Economia

3 fatos para hoje: GPA e Èxito; PMIs; alíquota na reforma tributária

PMI de serviços na Alemanha, Reino Unido e zona do euro; GPA conclui mais uma etapa da segregação com Èxito; fala de Alckmin sobre reforma tributária.

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1- Alckmin sinaliza ser possível ter mais uma alíquota para a reforma tributária

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou na véspera que é possível ter mais de uma alíquota na reforma tributária para atender a setores que estão “preocupados” com as mudanças negociadas no Congresso.

“A reforma tributária vai melhorar, porque vai estimular o investimento, vai simplificar, vai estimular exportação. Alguns tipos de indústria se não exportarem, fecham. A empresa que exporta consegue avançar mais”, disse Alckmin, durante discurso em evento de posse da nova diretoria da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, presidida pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

“Para alguns setores que estão preocupados, tem solução, resolve. Nós precisamos ter um imposto, mas podemos ter até mais de uma alíquota. É simplificar o modelo”, emendou o vice-presidente. O jantar contou com a participação de diversos representantes do setor produtivo, como Jorge Gerdau, presidente do conselho de administração da Gerdau, empresa produtora de aço.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, por sua vez, disse durante audiência pública do grupo de trabalho da reforma na Câmara, que é possível discutir alíquotas diferenciadas para o setor de serviços, principalmente educação e saúde, na tributária.

O GT da reforma discute hoje uma fusão entre as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 45/19, de autoria da Câmara, e 110/19, que tem origem no Senado. A ideia é criar um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, ou seja, com uma alíquota cobrada pela União e outra pelos Estados. O imposto único substituiria cinco tributos sobre o consumo: ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins.

Vice-presidente Geraldo Alckmin 27/02/2023 REUTERS/Adriano Machado

2- PMI de serviços na Alemanha, Reino Unido e zona do euro

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da Alemanha subiu de 50,9 em fevereiro para 53,7 em março, atingindo o maior nível desde maio de 2022, segundo pesquisa final divulgada nesta quarta-feira, 5, pela S&P Global. Apesar do avanço, a leitura definitiva de março ficou abaixo da estimativa prévia e da projeção de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 53,9 em ambos os casos. Já o PMI composto alemão, que engloba serviços e indústria, aumentou de 50,7 para 52,6 no mesmo período, confirmando a estimativa inicial. O resultados acima da barreira de 50 indicam expansão da atividade econômica alemã.

No Reino Unido, o PMI caiu de 53,5 em fevereiro para 52,9 em março – número este que ficou acima da leitura preliminar e da projeção de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 52,7 em ambos os casos.

Já o PMI composto britânico, que engloba serviços e indústria e é visto como um bom indicador da saúde econômica geral, recuou de 53,1 para 52,2 no mesmo período, confirmando a estimativa inicial. Apesar das quedas, os PMIs acima da barreira de 50 indicam que a atividade econômica do Reino Unido continuou se expandindo no mês passado, ainda que em ritmo mais contido.

Na zona do euro, a recuperação acelerou no mês passado, apesar de ter sido desigual entre indústrias e países, de acordo com uma pesquisa que mostrou que as pressões de preços permaneceram elevadas na região.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto subiu em março para 53,7, máxima em 10 meses, ante 52,0 em fevereiro, mas abaixo da leitura preliminar de 54,1.

Março foi o terceiro mês consecutivo acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

3 – GPA conclui mais uma etapa da segregação com Èxito

O GPA (PCAR3) informou em fato relevante que conclui mais uma importante etapa do processo de segregação dos negócios da companhia e do Èxito.

O pedido de registro do Éxito como companhia aberta categoria “A” e o pedido para listagem do Éxito além da admissão à negociação dos BDRs nível II de sua emissão perante a B3, A foram deferidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e B3.

Mas a implementação da operação depende, ainda, da obtenção do registro do programa de American Depositary Receipts (ADRs) Nível II do Éxito na Securities and Exchange Commission (SEC) e das autorizações dos órgãos reguladores colombianos para efetiva transferência dos ADRs e BDRs de Éxito aos acionistas de GPA, o deve acontecer no segundo trimestre de 2023.

Ressalta-se que as ações e ADRs de emissão do GPA continuarão a ser negociados, com direito ao recebimento dos BDRs e ADRs de Éxito, conforme o caso, até a data de corte, que, uma vez determinada, será informada ao mercado.

“O GPA reforça que tal segregação de negócios possui um potencial de destravamento de valor a ser capturado de forma isonômica por todos os acionistas do GPA”, diz comunicado.

Com Reuters e Estadão

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