Economia
3 fatos para hoje: mínimo existencial sobe; China corta taxa de empréstimos
E mais: Cade dá aval para operação de compra e venda de ações da Usiminas entre Ternium e Nippon Steel.
1 – Cade dá aval para operação de compra e venda de ações da Usiminas entre Ternium e Nippon Steel
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a operação de compra e venda de ações ordinárias da Usiminas (USIM5) entre membros do grupo siderúrgico Ternium (TT) e da Nippon Steel (NSC), disse a Usiminas em fato relevante nesta segunda-feira.
A Ternium anunciou em março o acordo com a Nippon Steel para assumir o grupo de controle da Usiminas, que previa a aquisição de 68,7 milhões de ações ordinárias da Usiminas, detidas pela Nippon Steel, pela Ternium e suas controladas.
2 – Lula assina ampliação do mínimo existencial para R$ 600
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na segunda-feira (19) a ampliação do mínimo existencial de R$ 303 para R$ 600, aumentando a parcela da renda do cidadão que não poderá ser cobrada para pagamento de crédito consignado ou bloqueada em caso de superendividamento.
O mínimo existencial consiste em uma quantia mínima de renda necessária para o pagamento de despesas básicas, como água e luz, protegida por lei em casos de superendividamento. A medida será publicada na terça-feira (20) no Diário Oficial da União, segundo nota do Palácio do Planalto.
“Assinei hoje a ampliação do valor do mínimo existencial para R$ 600, uma medida que aumenta a fatia da renda que não pode ser cobrada no crédito consignado ou bloqueada pelas instituições financeiras em caso de superendividamento”, disse o presidente em seu perfil do Twitter.
“Essa iniciativa faz parte de uma série de esforços do nosso governo para garantirmos crédito e condições de consumo para o povo brasileiro, contribuindo para o aquecimento da economia”, completou.
3 – China corta taxas de empréstimos para reanimar demanda
A China cortou suas principais taxas de referência de empréstimos nesta terça-feira, as primeiras reduções em 10 meses, à medida que as autoridades buscam sustentar a recuperação econômica, embora as preocupações com o mercado imobiliário signifiquem que o afrouxamento não foi tão grande quanto o esperado.
O mais recente afrouxamento monetário ocorre no momento em que a recuperação pós-pandemia na segunda maior economia do mundo mostra sinais de perda do ímpeto inicial visto no primeiro trimestre.
A taxa primária de empréstimo (LPR) de um ano foi reduzido em 10 pontos base, para 3,55%, enquanto a LPR de cinco anos sofreu corte pela mesma margem, para 4,20%.
Embora todos os 32 participantes de uma pesquisa da Reuters projetassem reduções em ambas as taxas, o corte na taxa de cinco anos foi menor do que muitos esperavam.
“Esses cortes reduzirão o custo de novos empréstimos, bem como os pagamentos de juros de empréstimos existentes”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics.
“Isso deve oferecer algum suporte modesto à atividade econômica. Mas achamos que é improvável que leve a uma forte aceleração no crescimento do crédito, dada a demanda fraca por crédito.”
O Banco do Povo da China (PBOC) reduziu as taxas de juros de curto e médio prazo na semana passada .
A taxa do instrumento de empréstimo de médio prazo (MLF) serve como um guia para a LPR e os mercados geralmente veem a taxa de médio prazo como um precursor de quaisquer mudanças nos referenciais de empréstimos de longo prazo.
Xing Zhaopeng, estrategista sênior da ANZ para a China, disse que o corte menor do que o esperado para a taxa de cinco anos sugere que as autoridades estão cautelosas em usar o mercado imobiliário como uma forma de estímulo de curto prazo, o que pode criar novos riscos de bolha.
“Isso mostra que a política ainda dá prioridade à nova economia e apenas garantirá um pouso suave da velha economia, em vez de um novo estímulo”, disse Xing.
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