Economia

3 fatos para hoje: Opep+ considera corte de produção; Petrobras vende direitos

Petrobras iniciou a fase vinculante referente à venda de direitos minerários para pesquisa e lavra de sais de potássio na Bacia do Amazonas.

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Petrobras inicia fase vinculante para venda de direitos minerários de potássio

A Petrobras (PETR3 e PETR4) iniciou a fase vinculante referente à venda de direitos minerários para pesquisa e lavra de sais de potássio na Bacia do Amazonas, segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (30).

A petroleira afirmou que os potenciais compradores habilitados para essa fase receberão carta-convite com instruções detalhadas sobre o processo, o que inclui orientações para a realização de due diligence e para o envio das propostas vinculantes.

O ativo é composto por 34 títulos outorgados pela Agência Nacional de Mineração (ANM), dos quais 8 são concessões de lavra, 4 são requerimentos e 22 estão em processo de autorização de pesquisa.

Petróleo: por preço melhor, Opep+ avalia cortar produção em mais de 1 milhão/bpd

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve considerar na próxima quarta-feira seu maior corte de produção desde o início da pandemia para ajudar a sustentar os preços da commodity, uma medida que pode pressionar o crescimento econômico global. Segundo fontes do grupo, está sendo considerada a possibilidade de redução de mais de 1 milhão de barris por dia.

Preocupações com a desaceleração da economia global arrastaram os preços do petróleo para baixo em seu ritmo mais rápido desde que a pandemia de covid-19 começou no início de 2020, levando a Opep+ a considerar maneiras de sustentar o preço do petróleo. Qualquer movimento da Opep + para aumentar os preços do petróleo pode pressionar ainda mais os consumidores ocidentais já prejudicados pelos altos custos de energia, além de ajudar a Rússia – um dos maiores produtores de energia do mundo – a encher seus cofres estatais enquanto trava uma guerra contra a Ucrânia.

A Opep+ muitas vezes se apresenta como um regulador do mercado de petróleo, com o objetivo de manter a oferta e a demanda equilibradas, mas um corte na produção apoiaria os preços ao mesmo tempo em que estão em níveis historicamente altos. Como a decisão final será muito debatida, o grupo decidiu se reunir pessoalmente em Viena na quarta-feira pela primeira vez desde o início da pandemia, disseram os delegados. Outras opções que estão sendo consideradas incluem uma redução menor, de 500.000 barris por dia, ou maior, de até 1,5 milhão de barris por dia, disseram os delegados.

A opção de cortar mais de 1 milhão de barris por dia é apoiada pela Rússia, o maior parceiro fora do grupo. Mas o maior exportador do cartel, a Arábia Saudita, tem algumas reservas sobre o tamanho do corte, disseram os delegados. Os EUA pediram à Opep+ para bombear mais petróleo para ajudar a reduzir o preço da gasolina. A Opep+ acelerou alguns cortes de produção antes da visita do presidente Joe Biden (EUA) à Arábia Saudita e fez um pequeno aumento em agosto, mas desde então tem trabalhado para reverter esses movimentos.

A Opep+ concordou no mês passado em reduzir a produção de petróleo pela primeira vez em mais de um ano, dizendo que cortaria cerca de 100.000 barris por dia em meio a temores de uma recessão global. Fonte: Dow Jones Newswires.

Atividade da indústria da zona do euro volta a contrair em setembro por contas de energia, mostra PMI

Fábrica da Knaus-Tabbert AG em Jandelsbrunn, Alemanha 16/03/2021. REUTERS/Andreas Gebert/File Photo

A atividade industrial da zona do euro contraiu ainda mais no mês passado, uma vez que a crise do custo de vida deixou os consumidores cautelosos, enquanto a alta das contas de energia limitou a produção, mostrou pesquisa nesta segunda-feira.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global caiu para a mínima de 27 meses de 48,4 em setembro contra 49,6 de agosto. O resultado ficou abaixo da leitura preliminar de 48,5 e da marca de 50 que separa crescimento da contração.

O subíndice de produção recuou para 46,3, de 46,5, marcando o quarto mês de leitura abaixo de 50.

“A combinação feia de um setor industrial em recessão e as crescentes pressões inflacionárias aumentarão ainda mais as preocupações sobre as perspectivas da economia da zona do euro”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global.

“Excluindo os lockdowns iniciais pela pandemia, os fabricantes da zona do euro não vem um colapso da demanda e da produção nesta escala desde o auge da crise financeira global no início de 2009.”

A demanda caiu no ritmo mais rápido desde a época em que a pandemia de coronavírus estava se espalhando pelo mundo e os estoques de produtos acabados não vendidos aumentaram à medida que as fábricas elevaram os preços para atender aos custos crescentes.

Isso significa que o otimismo diminuiu e o índice de produção futura, que avalia as perspectivas dos gerentes de compras em 12 meses, entrou em rápido declínio. Ele caiu de 52,7 para 45,3, sua leitura mais baixa desde maio de 2020.

“A combinação do aumento dos custos e da queda da demanda também fez com que as expectativas das empresas para o próximo ano voltassem a baixar drasticamente em setembro, levando, por sua vez, à redução da compra de insumos e ao menor crescimento de empregos à medida que as empresas se preparam para um inverno rigoroso”, disse Williamson.

* Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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