Economia
5 fatos para hoje: alta do diesel aperta governo; recorde de saques da poupança
Bolsonaro negou intervenção na Petrobras, mas marcou reunião com ministros e presidente da estatal.
1 – Bolsonaro convoca ministro e presidente da Petrobras e cobra previsibilidade em preço de combustível
O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião para sexta-feira com os ministros da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para discutir a política dos combustíveis e defendeu previsibilidade nos preços.
“A Petrobras não pode sofrer interferência. Ninguém está interferindo na Petrobras, mas vocês têm que saber qual é a composição do preço final, por exemplo, do diesel”, disse ele, durante a sua live semanal nas noites de quinta-feira.
Em meio a um recente aumento no diesel, pressão de caminhoneiros e uma greve dessa categoria convocada mas frustrada na segunda-feira, Bolsonaro se valeu de dados para argumentar que o governo federal tem sido transparente na incidência de tributos sobre combustíveis, o que, segundo ele, não tem ocorrido no caso dos governos estaduais.
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2 – Saques líquidos da poupança batem recorde em janeiro e somam R$ 18,154 bi
Após dez meses consecutivos de captações, a caderneta de poupança fechou o mês de janeiro de 2021 com saída recorde de recursos. Dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Banco Central mostram que saíram da poupança R$ 18,154 bilhões líquidos no mês passado. Este é o maior volume de retiradas para um único mês na série histórica do BC, iniciada em janeiro de 1995.
O resultado negativo coincide com o fim do pagamento de auxílios emergenciais feito pelo governo.
No ano passado, a poupança foi favorecida pelo pagamento dos auxílios, em meio aos esforços do governo para reduzir os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre uma parcela da população.
3 – Oi acerta exclusividade com BTG para negociar unidade de fibra óptica
A Oi informou nesta quinta-feira que assinou acordo de exclusividade com Globenet, BTG Pactual e outros fundos do banco envolvendo a venda de ativos de fibra óptica da operadora de telecomunicações, a InfaCo.
“O acordo visa a garantir segurança e celeridade às tratativas em curso entre as partes e permitir que, caso sejam satisfatoriamente finalizadas as negociações de condições e documentos entre as partes, a Oi tenha condições de garantir às proponentes o direito de cobrir outras propostas recebidas da InfraCo”, afirmou a companhia em fato relevante.
O acordo vale até 6 de março, mas pode ser renovado automaticamente por mais 30 dias, salvo se houver manifestação em contrário por qualquer das partes.
4 – Ford registra prejuízo abaixo do esperado no 4º trimestre
A Ford reportou prejuízo líquido de US$ 2,8 bilhões no quarto trimestre de 2020. A perda ajustada por ação foi de US$ 0,34, abaixo dos US$ 0,41 previstos por analistas, de acordo com a “Dow Jones Newswires”. A montadora também informou que US$ 29 bilhões foram designados para investimento em carros elétricos e sem motoristas.
Na comparação com igual período do ano anterior, a receita da montadora caiu 9,3% e fechou em US$ 36 bilhões. A receita das operações foi de USS 22 bilhões na América do Norte e USS 7,1 bilhões na Europa. Na América do Sul, a Ford registrou US$ 900 milhões em receita e, na China, US$ 800 milhões.
5 – BV tem lucro 6% maior no 4º trimestre
O BV, controlado pelo Banco do Brasil e pelo Grupo Votorantim, anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 347 milhões no quarto trimestre, alta de 6% ante mesmo período de 2019.
Em nota, o banco afirmou que o resultado refletiu a recuperação da demanda por crédito, cresceu 6% em 12 meses, para 70,3 bilhões de reais, com avanço de 6,5% no segmento de varejo e de 5% na de empresas. O custo de crédito caiu 16,3% em relação ao trimestre anterior. A inadimplência encerrou dezembro em 3,5%, ante 4,2% no trimestre anterior.
No fim de 2020, o saldo da carteira renegociada do BV era de R$ 13,9 bilhões e não havia mais saldo em período de carência no varejo. O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente no trimestre foi de 13%, ante 13,1% um ano antes.
*Com Estadão Conteúdo e Reuters