Economia

5 fatos para hoje: BB vai fechar 112 agências; Ministério reage à saída da Ford

Justificativa da pasta não coaduna com a explicação da empresa para deixar o Brasil.

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1 – BB aprova reorganização que prevê fechar 112 agências e desligamento de 5 mil

O Banco do Brasil (BB) informou ao mercado ontem (11), que aprovou um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional que prevê, entre outras medidas, o fechamento de 112 agências da instituição, além da criação de um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e de um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). O banco diz que a implementação plena das medidas deve ocorrer durante o primeiro semestre deste ano.

O plano de reorganização prevê ganhos de eficiência e otimização em 870 pontos de atendimento do País, com a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento), a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios (14 agências especializadas agro e 14 escritórios leve digital).

A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) cobrou a revisão das medidas anunciadas. Em carta encaminhada ao presidente do BB, André Guilherme Brandão, a ANABB diz que as medidas transmitem uma percepção de “cortina de fumaça” para encobrir “intenções privatistas” em torno do BB.

2 – Fechamento de fábricas da Ford destoa da forte recuperação observada no país, diz Economia

O Ministério da Economia disse nesta segunda-feira que a decisão da Ford de fechar suas três fábricas no Brasil neste ano destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país após o fechamento da economia em decorrência da pandemia da Covid-19 no ano passado.

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Em nota, a pasta destacou que trabalha de forma intensa na redução do chamado “Custo Brasil”. “Isto reforça a necessidade das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais”, afirmou o ministério.

A Anfavea, associação que representa as montadoras de veículos no Brasil, afirmou em breve comunicado que respeita e lamenta a decisão da Ford. “Mas isso corrobora o que a entidade vem alertando há mais de um ano sobre a ociosidade local, global e a falta de medidas que reduzam o ‘Custo Brasil'”, declarou.

3 – Minério de ferro no atacado pressiona e IGP-M sobre 1,89% na 1ª prévia de janeiro, diz FGV

Os preços do minério de ferro no atacado pressionaram e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) iniciou 2021 com alta de 1,89% na primeira prévia de janeiro, depois de subir 1,28% no mesmo período do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

Na primeira prévia do mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-M, acelerou a alta a 2,42%, de 1,39% na primeira prévia de dezembro.

“A aceleração do IPA registra nova pressão trazida por aumento no preço do minério de ferro, cuja variação passou de -3,65% para 23,45%. Com este movimento, a commodity passa a acumular alta de 134,63% em 12 meses”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.

4 – Dados da FGV indicam ociosidade superior a 30% no setor automotivo

A despeito de a indústria brasileira já ter superado as perdas decorrentes da crise provocada pela covid-19 no País, os fabricantes de veículos automotores e produtos de metal registraram uma ociosidade média do parque fabril superior a 30% nos últimos quatro meses, segundo dados desagregados da Sondagem da Indústria do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), obtidos com exclusividade pelo “Estadão/Broadcast”.

A recuperação tem sido impulsionada pelo auxílio emergencial, exportações e mudança no padrão de consumo das famílias durante a pandemia, mas ainda é heterogênea. Alguns setores operam consideravelmente aquém da sua capacidade de produção. Dos 16 principais subsetores pesquisados na sondagem, apenas sete já superaram a média histórica de uso da capacidade instalada.

5 – Sem data para início da vacinação, ministério adia reunião com governadores

O Ministério da Saúde adiou reunião com governadores sobre o cronograma do plano nacional de imunização contra Covid-19 que aconteceria nesta terça-feira, uma vez que não há possibilidade de se definir uma data para o início da imunização, afirmou nesta segunda-feira o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

“Sem possibilidade de ter uma data definida amanhã para o início da vacinação, e também em razão da grave crise em Manaus, onde o ministro e sua equipe estão acompanhando, o Ministério da Saúde, em contato comigo agora há pouco, pediu o adiamento da agenda que estava prevista para esta terça-feira para a próxima terça-feira, dia 19″, disse Dias, coordenador do tema da vacina no Fórum Nacional de Governadores, em vídeo divulgado por sua assessoria.

De acordo com o governador, o adiamento foi acatado uma vez que “não fazia sentido realizar uma agenda para marcar outra”, mas Dias cobrou do governo federal a definição de uma data para o início da a vacinação, afirmando ser “o mais esperado” pelos chefes dos Executivos estaduais.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo

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