Economia
5 fatos para hoje: Guedes quer corrigir tabela do IR; rombo no Orçamento de 2023
Governo deve enviar ao Congresso previsão de um déficit fiscal de R$ 66 bilhões para próximo ano.
Meta de 2023 para Orçamento deve prever rombo de R$ 66 bi
O governo deve enviar ao Congresso Nacional, até 15 de abril, um Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) com a previsão de um déficit fiscal de R$ 66 bilhões em 2023. A informação foi confirmada ao “Estadão/Broadcast” (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) por dois técnicos da equipe econômica.
A estimativa para o próximo ano se aproxima da projeção para 2022. A equipe econômica espera um rombo de R$ 66,9 bilhões nas contas do governo central (Tesouro, Banco Central e Instituto Nacional do Seguro Social) e tem uma meta aprovada no orçamento de R$ 170,4 bilhões.
Os dados foram discutidos nesta quarta, 6, em reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), composta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Além das projeções para o próximo ano, os técnicos do governo estimaram um déficit fiscal de R$ 28 bilhões em 2024 e um superávit primário de R$ 33 bilhões em 2025. Se o resultado se confirmar, as contas ficarão no azul pela primeira vez, desde 2013.
Kremlin diz que operação na Ucrânia pode terminar ‘em futuro previsível’
O Kremlin disse nesta sexta-feira que a invasão da Ucrânia que a Rússia chama de “operação especial” pode terminar em um “futuro previsível”, uma vez que seus objetivos estão sendo alcançados e o trabalho está sendo cumprido tanto pelos militares russos quanto pelos negociadores de paz do país.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também disse que Moscou entendia que alguns países que haviam tentado adotar uma posição equilibrada haviam sido submetidos a pressões para votar pela suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, na quinta-feira.
A Assembleia Geral da ONU suspendeu a Rússia do Conselho por relatos de “graves e sistemáticas violações e abusos dos direitos humanos” na Ucrânia, o que levou Moscou a anunciar que estava se retirando do órgão.
Guedes fala em usar parte da alta da arrecadação para corrigir tabela do IR
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar que o governo pretende usar o aumento da arrecadação para revisar a tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro em 2018. A declaração foi feita nesta quinta-feira durante um evento online do Bradesco BBI.
“Conversamos se corrigimos a tabela de IR agora ou deixamos para primeira ação de novo governo. Não queremos usar toda a alta de arrecadação de uma vez, vamos devolver apenas parte para não corrermos riscos fiscais”, afirmou o ministro.
Segundo Guedes, o governo quer avançar também no Refis do Simples e na isenção de impostos para investidores estrangeiros. Ele reclamou, porém, que as medidas gestadas na Economia e enviadas à Casa Civil acabam sendo alteradas pela ala política.
“Ficam com a parte boa das medidas e retiram a parte ruim, que é a fonte de recursos. Com isso, acabamos tendo que vetar medidas por bater cabeça no governo”, completou o ministro.
BofA vê Ibovespa a 135 mil pontos neste ano
O Bank of America (BofA) elevou nesta quinta-feira a projeção para o Ibovespa no fim de 2022, de 125 mil para 135 mil pontos, prevendo impacto positivo de preços de commodities mais altos e estimando melhor performance dos grandes bancos do país.
O atual recorde do principal índice da bolsa brasileira, de 130.776,27 pontos, foi alcançado em 7 de junho de 2021.
O BofA manteve recomendação ‘overweight’ para ações do país, apesar do recente rali – o Ibovespa avançou 12,5% no ano, enquanto os principais índices em Wall Street registram perdas.
No relatório, os analistas do banco afirmaram que papéis de empresas de crescimento acelerado, mais sensíveis às taxas de juros, mostram dificuldades, em meio a temores da instituição com a inflação e o custo de capital. Eles frisaram a recuperação em ações de crescimento nas últimas duas semanas, mas argumentam que o movimento foi global.
América Latina ganha fatia no combustível comprado pelos EUA após veto à Rússia
Volumes recordes de óleo combustível da América Latina desembarcaram nos Estados Unidos em março, mostraram dados alfandegários, com refinarias buscando alternativas às matérias-primas russas antes do prazo de 22 de abril que Washington deu para o encerramento das importações do petróleo russo.
As refinarias da Costa do Golfo dos EUA que usam óleo combustível para complementar o petróleo pesado saíram em busca de novos suprimentos no mês passado, depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, proibiu o petróleo e os produtos refinados russos.
A Rússia respondeu por cerca de um quarto dos 524,4 mil barris por dia (bpd) de óleo combustível que os Estados Unidos importaram no ano passado. Também forneceu cerca de 200.000 bpd de petróleo bruto principalmente para refinarias da Costa Leste dos EUA.
A participação da Rússia caiu para 20% no mês passado, enquanto os países latino-americanos –impulsionados principalmente pelo México– forneceram 35% das importações de óleo combustível, acima dos 20% do ano passado, mostraram dados alfandegários.
A participação dos fornecedores do Oriente Médio nas importações de óleo combustível dos EUA também deve aumentar, para cerca de 17%, de 5% um ano atrás.
Fluxos recordes de óleo combustível na América Latina de quase 216.000 bpd ocorrem quando autoridades dos EUA e da Venezuela discutem um possível afrouxamento das sanções que podem devolver o petróleo venezuelano aos Estados Unidos após uma pausa de três anos.
Os Estados Unidos importaram 4% de suas necessidades de óleo combustível da Venezuela em 2018, antes das sanções.
*Com Reuters e Agência Estado