Economia

5 fatos para hoje: multas da CVM, permuta de vacinas e crédito imobiliário

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou R$ 950,5 milhões em multas a infratores do mercado de capitais em 2020.

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1 – Banco Mundial alerta que pandemia afetará economia do Brasil no 1º semestre

O Banco Mundial projeta que a economia brasileira crescerá 3,0% neste ano, puxada pelo expressivo carregamento estatístico vindo de 2020, informou o organismo em relatório divulgado na segunda-feira (30), no qual, contudo, ressalvou que a escalada de casos e óbitos decorrentes da pandemia da covid-19 vai enfraquecer o nível de atividade no primeiro semestre do ano.

Em seu Relatório Semestral para a América Latina e o Caribe, desta vez com o tema “Renewing with Growth” (Renovando com Crescimento, em tradução livre), a instituição estima que a indústria vai liderar a recuperação, enquanto o desempenho do setor de serviços dependerá da imunização da população.

Pelas estimativas do Banco Mundial, a recuperação econômica doméstica ficará atrás da de outros pares latino-americanos, como México (4,5%), Chile (5,5%) e Colômbia (5%) neste ano.

2 – CVM aplicou R$ 950,5 milhões em multas em 2020

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou R$ 950,5 milhões em multas a infratores do mercado de capitais em 2020. A cifra é 8,7% inferior ao recorde de 2019, quando a autarquia superou a marca de R$ 1 bilhão em penas pecuniárias. As medidas de restrição e distanciamento social impostas pela covid-19 levaram a uma queda de 35,7% no número de casos julgados. No ano passado, o colegiado do órgão regulador bateu o martelo em 63 processos sancionadores, contra 98 em 2019.

No auge da pandemia, a CVM adotou o home office e ficou dois meses e meio sem realizar julgamentos. No primeiro trimestre, apenas 11 casos foram decididos. A partir de maio foram iniciadas as sessões virtuais e, em agosto, a autarquia regulamentou a realização de depoimentos por videoconferência. O órgão regulador do mercado de capitais fechou 2020 com um estoque de 134 processos sancionadores a serem julgados, apenas dois a mais que em 2019. O resultado interrompeu três anos seguidos de queda.

3 – Queiroga busca permuta com EUA por 20 milhões de vacinas e fala em ampliar compra da Pfizer

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vai receber nesta terça-feira o embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Todd Chapman, para discutir a possibilidade de uma permuta de vacinas entre os dois países para a antecipação do envio ao Brasil de 20 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19.

Queiroga relatou, na segunda-feira (30), em audiência pública de comissão do Senado que acompanha ações de enfrentamento à pandemia, um telefonema que teve sobre o tema com o embaixador do Brasil em Washington, Nestor Forster, para tratar da questão, e que o próximo passo será um encontro com o representante do governo norte-americano.

O ministro citou as vacinas da Pfizer, que o Brasil contratou 100 milhões de doses para 2021, mas ainda não recebeu nenhuma, por ter demorado a firmar acordo com o laboratório norte-americano. Segundo ele, o ministério pode ampliar o contrato com a empresa.

4 – Crédito imobiliário bate recorde e quase dobra ante fevereiro de 2020

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 12,45 bilhões em fevereiro de 2021, recorde nominal para um mês de fevereiro na série histórica iniciada em 1994, aponta a Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

A entidade diz que o montante superou em 1,3% o registrado em janeiro e quase dobrou na comparação com fevereiro de 2020 (R$ 6,38 bilhões), exibindo crescimento de 95,3%.

No primeiro bimestre de 2021, o montante financiado somou R$ 24,74 bilhões, alta de 83% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, entre março de 2020 e fevereiro de 2021, o montante financiado somou R$ 135,19 bilhões, alta de 64,4% em relação ao período imediatamente anterior.

5 – Biden mira expansão da energia eólica “offshore” para combater mudança climática

O governo dos Estados Unidos revelou nesta segunda-feira uma meta de expandir a incipiente indústria de energia eólica “offshore” do país ao longo da próxima década, abrindo novas áreas para desenvolvimento, acelerando autorizações e ampliando o financiamento público para os projetos.

O plano é parte de um esforço mais amplo do presidente Joe Biden, que visa eliminar emissões norte-americanas de gases de efeito estufa para combater as mudanças climáticas – uma agenda que republicanos dizem que pode levar a economia às ruínas, mas que democratas defendem que tem capacidade para gerar empregos ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente.

O plano estabelece uma meta de implantar 30 gigawatts em energia eólica “offshore” até 2030 – o que, segundo o governo, seria suficiente para abastecer 10 milhões de residências e eliminar 78 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono por ano.

(*com informações da Reuters e Estadão Conteúdo)

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