Economia

5 fatos para saber hoje: Jeff Bezos continua ganhando na crise

Amazon ganha mais com as medidas de isolamento social, Espanha tem esperança com menor número de mortos e os protestos do domingo.

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Espanha tem menor número de mortes diárias por coronavírus em quase um mês

A Espanha registrou, neste domingo, o menor número de mortes diárias por causa do coronavírus em quase um mês, informaram autoridades do país. O levantamento das últimas 24 horas aponta para 410 mortes, elevando a quantidade total de óbitos relacionados ao vírus para 20.453. No período, também foram relatados 4.218 novos casos confirmados, o que leva a um total de 195.944.

Ontem, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que vai tentar ampliar em duas semanas o estado de emergência no país, previsto para encerrar na próxima semana. O principal funcionário da saúde, Fernando Simón, disse que os dados mais recentes dão esperança à Espanha, acrescentando que mostra “a taxa de contágio caiu e que estamos no caminho correto”.

Secretário de Tesouro dos EUA diz que pacote de US$ 300 bilhões está próximo

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, disse em entrevista para a CNN que está otimista em chegar a um acordo com a liderança do Congresso americano para levar a votação um novo pacote de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão) no início desta semana.

“Acho que estamos fazendo um bom progresso, tive várias reuniões no decorrer do fim de semana com a liderança do Congresso”, comentou Mnuchin, pontuando que conversou com Chuck Schumer, lider da minoria do Partido Democrata no Senado, e Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes que é controlada pelos Democratas.

O secretário falou que cerca de 60% dos negócios dos Estados Unidos foram contemplados com os pacotes anteriores e que a quantia de US$ 300 bilhões que o governo está negociando deve ser o suficiente para cobrir o restante. O novo pacote também incluiria ajuda de US$ 75 bilhões a hospitais.

Datafolha: 79% dos brasileiros defendem punição por violação de quarentena

Pesquisa Datafolha mostra que 79% dos brasileiros defendem algum tipo de punição para pessoas que violem regras de quarentena devido ao novo coronavírus no País. Mas desses, apenas 3% acham que prisão seria uma sanção aceitável. Já multas têm apoio de 33% e advertências verbais, de 43%.

O apoio às multas é mais prevalente entre jovens de 16 a 24 anos e assalariados com carteira registrada, 48%. Já as advertências têm maior apoio entre os mais ricos (5 e 10 salários mínimos, 53%, e de 10 salários para cima, 51%). É mais alta do que a média nacional, 51%, a parcela daqueles que concordam com esse tipo mais leve de punição na região Sul, reduto do bolsonarismo no país.

Isso é o que revela a pesquisa feita pelo Datafolha na sexta (17), que ouviu por telefone 1.606 pessoas. Sua margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

Bolsonaro desafia Poderes em ato pró-intervenção

O presidente Jair Bolsonaro elevou neste domingo (19) o tom do confronto com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) e, diante do Quartel-General do Exército, pregou o fim da “patifaria” em uma manifestação que pedia intervenção militar no País. Com microfone em punho, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete e fez um discurso inflamado para seguidores que exibiam faixas com inscrições favoráveis a um novo AI-5, o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985), e gritavam palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Nós não queremos negociar nada. Queremos é ação pelo Brasil”, disse Bolsonaro, aplaudido por centenas de manifestantes. “Chega da velha política! (…) Acabou a época da patifaria. Agora é o povo no poder.”

Estimulados pelo presidente, manifestantes foram às ruas de São Paulo ontem pelo segundo dia consecutivo contra o isolamento social. Além de Brasília e São Paulo, houve atos no Rio, Salvador e Manaus. Na capital paulista, uma faixa de um quarteirão da Avenida Paulista foi fechada. Ontem, o número de mortes no Estado pela covid-19 passou de mil. Os manifestantes atacaram o governador João Doria (PSDB) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Em meio à pandemia, Jeff Bezos, da Amazon, fica ainda mais rico

Em meio a uma crise econômica de profundidade e duração ainda imprevisíveis, o homem mais rico do mundo está ficando mais rico ainda. Jeff Bezos, o presidente executivo e fundador da Amazon, acumula atualmente US$ 143,1 bilhões em sua fortuna, de acordo com números da revista americana Forbes divulgados na sexta-feira (17).

Durante a semana, a varejista de Bezos chegou a um valor recorde em suas ações durante a quinta-feira, quando encerrou o pregão da bolsa de valores Nasdaq com papéis cotados a US$ 2.408,19. Na sexta-feira, as ações caíram um pouco, indo para a casa de US$ 2.375, mas ainda deixam Bezos em um final de semana bem feliz, enquanto muita gente amarga desemprego e reduções salariais.

Só nos EUA, mais de 17 milhões de pessoas perderam o emprego em três semanas. Para bancos como o JP Morgan e o Wells Fargo, a crise atual pode superar a de 2008 em termos de desemprego. Mas a Amazon de Bezos está indo bem na crise: com lojas fechadas, mais e mais consumidores recorrem aos serviços da varejista em todo o mundo, recebendo produtos básicos diretamente em casa. Ao longo deste ano, Bezos já adicionou quase US$ 29 bilhões à sua fortuna por conta das valorizações da empresa.

*Com Estadão Conteúdo

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