Economia
5 fatos para saber hoje: unidade pelo teto de gastos; nova rodada de balanços
Com a desconfiança do mercado aumentando, cresce o esforço de alguns agente públicos para defender o teto de gastos.
1 – Maia, Guedes e Arthur Lira se unem para defender manutenção de teto de gastos
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram nessa terça-feira (11) para fechar juntos uma defesa pela manutenção do teto de gastos. Depois de mais de uma hora de reunião, no Ministério, os três concederam juntos uma entrevista a jornalistas.
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“Conversado com ministro e líder, sobre essa preocupação de todo mundo dar um jeitinho para conseguir resolver seus projetos, sejam investimentos entre outras áreas, a gente veio aqui deixar claro qual a posição da presidência da Câmara, posição de parte dos líderes, que primeiro, de forma nenhuma vamos pautar, e eu espero que o governo não encaminhe, nenhuma prorrogação do estado de calamidade“, disse Maia. Segundo ele, a medida é para que a prorrogação não seja usada para furar o teto.
Ele disse ainda que deve ser retomado o debate sobre gastos públicos. “As três PECs que o ministro Paulo Guedes encaminhou no ano passado para o Senado, que tratam como o todo do pacto federativo”, afirmou o deputado.
2 – Lucro da XP mais do que dobra no 2º trimestre
A XP Inc. fechou o segundo trimestre com um lucro líquido ajustado que mais do dobrou o resultado do mesmo período do ano passado, alcançando R$ 565 milhões, 148% acima de março a junho de 2019 e 36% superior ao primeiro trimestre.
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“Chegamos ao final de um semestre bastante desafiador com a sensação de missão cumprida”, disse o CEO e fundador da XP, Guilherme Benchimol. “Nosso resultado financeiro e operacional resulta de nossa crença de que estamos nos movendo na direção correta, consolidando nosso caminho com humildade para mudar de curso quando necessário”, acrescentou ele no comunicado que acompanha o balanço.
A empresa chega a junho com 2,36 mil clientes, um número 81% superior a junho do ano passado e 16% acima do final de março. Os ativos sob custódia somavam R$ 436 bilhões em junho, 59% acima de junho de 2019 e 19% acima de março.
3 – Bolsonaro envia ao Congresso projeto de incentivo à cabotagem, o BR do Mar
O governo federal informou nesta terça (11) que o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que institui o Programa de Incentivo à Cabotagem, conhecido como ‘BR do Mar’. Bolsonaro assinou o texto em uma solenidade fechada no Palácio do Planalto nesta tarde, que contou com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. O PL, uma das pautas prioritárias do governo, foi encaminhado aos parlamentares em caráter de urgência.
A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um país. A medida tem como objetivo aumentar a oferta da cabotagem, incentivar a concorrência, criar novas rotas e reduzir custos.
Em nota, o governo explica que o envio da matéria ocorre após amplo debate entre diversos ministérios, como da Infraestrutura, Defesa, Economia e Casa Civil, além de reuniões com outras autoridades do governo, usuários, armadores, representantes da construção naval e sindicatos de marítimos.
4 – Produção industrial da zona do euro sobe 9,1% em junho ante maio
A produção industrial da zona do euro cresceu 9,1% em junho ante maio, numa indicação de que continuou se recuperando dos efeitos da pandemia de coronavírus, segundo dados publicados nesta quarta-feira (12) pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado, no entanto, ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que previam aumento de 9,5% no período.
Na comparação anual, a indústria do bloco reduziu a produção em 12,3% em junho. Neste caso, a projeção do mercado era de queda menor, de 11,4%.
A Eurostat também revisou suas estimativas para a produção industrial de maio, para alta de 12,3% na comparação mensal e contração de 20,4% no confronto anual.
5 – Gafisa tem prejuízo líquido de R$ 23,545 milhões no 2º trimestre, piora de 85%
A Gafisa fechou o segundo trimestre de 2020 com prejuízo líquido de R$ 23,545 milhões. A perda foi 85% maior do que no mesmo período de 2019, quando a incorporadora sofreu um prejuízo de R$ 12,724 milhões, de acordo com balanço publicado nesta terça-feira (11).
A piora nos números reflete a crise provocada pelo coronavírus, que diminuiu o volume de vendas, derrubando a receita e interferindo na diluição de despesas.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 7,722 milhões, encolhimento de 79,4% na mesma base de comparação. A margem Ebitda recuou de 14% para 9,2%.
*Com Estadão Conteúdo