Economia

‘Ainda não estamos a salvo’, diz Lagarde sobre inflação

Presidente do BCE voltou a priorizar combate a alta de preços.

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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse nesta sexta-feira (19) que, apesar dos apertos monetários (alta de juros) ao redor do mundo para conter a inflação, “ainda não estamos a salvo”.

A declaração foi feita por meio de um vídeo gravado para o “Seminário de alto nível sobre bancos centrais: desafios passados e presentes”, na sessão “Desafios pós-pandemia: inflação alta, endividamento elevado e estabilidade financeira”, evento realizado pelo Banco Central (BC) no Brasil.

A presidente do BCE focou o seu discurso em passar uma mensagem sobre como os órgãos reguladores das políticas monetárias devem abordar o relacionamento entre a estabilidade de preço e a financeira.

Para ela, é preciso, primeiro, conter a inflação e, depois, avaliar as medidas necessárias para promover a estabilidade financeira. “Não podemos trocar a estabilidade de preço pela estabilidade financeira”, disse. Lagarde ainda concluiu que é preciso fazer o que for para “manter a inflação dentro dos alvos”.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fala enquanto participa de uma coletiva de imprensa sobre a reunião do Conselho do BCE, em Frankfurt, Alemanha, em 28 de outubro de 2021. REUTERS/Kai Pfaffenbach

BCE subindo juros

Neste mês, o BCE elevou a taxa de juros em 25 pontos base, para 3,25%, e sinalizou que mais aperto será necessário para conter a inflação.

O banco central dos 20 países que compartilham o euro elevou os juros até agora em um total de 375 pontos-base desde julho passado, seu ritmo mais rápido de aperto. Mas deixou claro que novos movimentos ainda são prováveis devido às crescentes pressões salariais e de preços.

A decisão foi tomada um dia depois de o Federal Reserve (Fed) também ter elevado sua taxa referencial em 25 pontos nos Estados Unidos, – nesse caso para a faixa de 5,0% a 5,25% -, mas indicou que esse pode ter sido o último de uma histórica série de aumentos.

*Com informações da Reuters.

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