Economia
Amazônia: tesouro dos EUA monitora ligação entre traficantes e mineração ilegal
Brian Nelson, subsecretário de terrorismo e inteligência financeira do Tesouro dos EUA, afirmou ter recebido informações alarmantes sobre conexões entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e garimpeiros que atuam na Amazônia.
O governo dos Estados Unidos está preocupado com as ligações entre a maior quadrilha de tráfico de drogas do Brasil e a mineração ilegal de ouro na floresta amazônica, disse uma autoridade do Tesouro dos EUA nesta quarta-feira (17), após reuniões com autoridades de segurança brasileiras e a sociedade civil.
Brian Nelson, subsecretário de terrorismo e inteligência financeira do Tesouro dos EUA, afirmou ter recebido informações alarmantes sobre conexões entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e garimpeiros que atuam na Amazônia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, impôs em dezembro sanções financeiras ao PCC, que nasceu nas prisões de São Paulo no início dos anos 1990 e hoje é a organização criminosa mais poderosa do país, e que ajuda a inundar a Europa com cocaína.
Nelson afirmou que suas reuniões em Brasília e São Paulo despertaram preocupações de que o PCC também possa estar envolvido em crimes ambientais, como mineração ilegal de ouro.
“Estamos focados na mineração ilegal de ouro… porque tanto pode gerar recursos para outras atividades ilícitas, dado o valor do ouro, quanto fornecer um meio para lavar os recursos ilícitos do narcotráfico”, disse ele a jornalistas.
Nelson afirmou que também discutiu com autoridades brasileiras uma proposta de teto para o preço do petróleo russo como parte de uma resposta do Ocidente à invasão da Ucrânia.
Ele não comentou a visão do governo brasileiro sobre a proposta, mas disse que as “discussões técnicas” continuarão. O Brasil é um exportador líquido de petróleo com poucas conexões diretas com o setor energético russo.
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