Economia

Ata do FED aponta que EUA devem passar por uma ‘recessão leve’

Recessão deverá iniciar no fim deste ano, seguida de uma recuperação nos dois anos seguintes.

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A ata da última reunião de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos, divulgada nesta quarta-feira (12), mostrou que o país deverá passar por uma “recessão leve”, que deverá iniciar no fim deste ano, em resposta aos “efeitos econômicos dos recentes desdobramentos do setor bancário”, seguida de uma recuperação nos dois anos seguintes.

No documento, a equipe também destaca que a previsão é de que o índice cheio de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), como também seu núcleo, cheguem perto de 2% em 2024 e 2025.

A ata da última reunião destaca que alguns dirigentes observaram que, dada a inflação persistentemente alta e a força dos dados econômicos recentes, eles teriam considerado um aumento de 50 pontos base nos Fed Funds como apropriado, na ausência dos desenvolvimentos recentes no setor bancário.

Mas devido ao potencial de desenvolvimento do setor bancário para apertar as condições financeiras e pesar sobre a atividade econômica e a inflação, eles julgaram prudente aumentar o intervalo da meta em um incremento menor nesta reunião, diz a ata. Na reunião de março, o Fed optou por um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros.

Por outro lado, o documento aponta que vários participantes do encontro consideraram manter a taxa inalterada até que ficasse claro que a falência de dois bancos regionais não causaria maior estresse financeiro. Entretanto, as autoridades concluíram que a inflação alta ainda era a prioridade.

“Vários participantes… consideraram se seria apropriado manter a faixa para a meta da taxa de juros na reunião” para avaliar como os acontecimentos do setor financeiro poderiam influenciar os empréstimos e a trajetória da economia, disse o documento.

No entanto, essas autoridades, juntamente com outras, concordaram que as ações tomadas pelas autoridades dos EUA e pelo Fed tinham “ajudado a acalmar as condições no setor bancário e a diminuir os riscos de curto prazo para a atividade econômica e a inflação”.

Com Estadão e Reuters

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