O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou a expectativa do mercado e decidiu, nesta quarta-feira (6), elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano. A decisão pela segunda alta seguida na Selic foi unânime.
O Copom destacou a necessidade do controle da dívida pública, tema que vem preocupando os grandes agentes do mercado e que movimentou a pauta do governo federal nos últimos dias.
A autoridade monetária lembrou que “uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação.”
Assim como ocorreu na reunião de setembro, o Banco Central evitou dar orientações futuras (“forward guidance”) sobre o que será feito com a taxa Selic. “O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação”, despistou o Copom.
Veja também
- A última pré-Trump: BC do Brasil e mais três países definirão juros nesta semana
- Com a explosão dos juros, títulos IPCA+ tombam até 31% no ano
- Endividamento do governo cria oportunidades na renda fixa; títulos privados já pagam IPCA+9%
- Alta dos juros pode reverter a recuperação do setor bancário
- Banco Central retoma alta de juros e Selic sobe para 10,75% ao ano