Economia

Brasil registra primeira deflação do ano em agosto, queda de 0,02% no IPCA, aponta IBGE

Resultado veio melhor que o esperado pelo mercado; inflação sobe 4,24% em 12 meses

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, caiu 0,02% em agosto, após alta de 0,38% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).

No acumulado de 12 meses até agosto, o IPCA teve alta de 4,24%, contra alta 4,50% do mês anterior. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,01 por cento em agosto, acumulando em 12 meses alta de 4,29%.

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Contribuíram para a deflação em agosto a queda de 0,51% nos custos de moradia, que veio na esteira de uma redução nas contas de eletricidade, bem como um declínio de 0,44% no preço de alimentos e bebidas. Por outro lado, o custo da educação subiu 0,73%. 

Impulsionadas por um mercado de trabalho aquecido e auxílio governamental, as famílias brasileiras estão gastando muito, mesmo com os altos custos de empréstimos pesando sobre suas finanças. As projeções de inflação permanecem bem acima da meta de 3% para este ano e o próximo.

Isso colocou o Banco Central, que pisou no freio em seu ciclo de flexibilização em junho, em uma situação difícil enquanto passa por uma sucessão de liderança.

Juros no radar

O ritmo robusto de crescimento da economia brasileira tem feito investidores apostarem que um aumento da taxa básica de juros Selic de seu nível atual de 10,5% é iminente na próxima semana.

Economistas dizem que o movimento também é necessário para responder a uma queda no valor da moeda, aumento dos gastos públicos e piora nas previsões de inflação.

No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o diretor de política monetária do banco, Gabriel Galipolo, para substituir o atual governador Roberto Campos Neto quando seu mandato terminar em dezembro.

Mas alguns no mercado não estão convencidos de que um aliado de Lula manterá a inflação sob controle enquanto o presidente esquerdista promete gastar para impulsionar o crescimento e melhorar as condições de vida.

(Com Bloomberg)

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