Economia

China eleva apoio ao setor imobiliário em US$ 56 bilhões

Formuladores de políticas financeiras do país intensificam os esforços para conter a crise imobiliário depois que medidas de cortes de juros a subsídios não conseguiram reavivar o crescimento.

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As autoridades chinesas disseram aos bancos de segunda linha do país que distribuíssem mais 400 bilhões de yuans (US$ 56 bilhões) em financiamento para o setor imobiliário nos dois últimos meses do ano. 

O dinheiro — na forma de empréstimos, hipotecas e investimentos em títulos — se soma aos US$ 85 bilhões de financiamento líquido que os seis maiores credores do país foram instruídos a conceder em setembro, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, pedindo para não serem identificadas.

O Banco Popular da China e a Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Os formuladores de políticas financeiras da China intensificam os esforços para conter a crise imobiliário do país, depois que medidas de cortes de juros a subsídios não conseguiram reavivar o crescimento. 

Uma repressão ao setor imobiliário levou a uma onda de inadimplência de títulos e paralisações de obras de complexos residenciais que irritaram os compradores de imóveis. Os preços de imóveis na China caíram pelo 13º mês em setembro.

O mais recente apoio financeiro, juntamente com sinais de flexibilização das restrições da pandemia, levaram a uma forte recuperação dos ativos na China. Um indicador da Bloomberg Intelligence de ações de construtoras chinesas teve um salto recorde de 18% na sexta-feira, com Country Garden Holdings subindo 35%.

Autoridades chinesas afrouxaram as regras para compra de imóveis, reduziram juros e instaram os bancos a aumentarem o financiamento em uma tentativa de reverter a crise, que continua a ser um obstáculo ao crescimento da segunda maior economia do mundo.

A China também expandiu um importante programa de apoio financeiro para empresas privadas, incluindo empresas imobiliárias, para cerca de 250 bilhões de yuans nesta semana, uma medida que promete ajudar as construtoras a vender mais títulos e aliviar seus problemas de liquidez.

Mesmo assim, o apoio financeiro é ofuscado pelos vencimentos de dívida que as construtoras tem pela frente. O setor imobiliário da China tem pelo menos US$ 292 bilhões em dívida doméstica e externa que vence até o final de 2023. Isso inclui US$ 53,7 bilhões este ano, seguidos por US$ 72,3 bilhões no primeiro trimestre do ano que vem.

As esperanças de um apoio mais substancial ao setor diminuíram depois que o presidente Xi Jinping deu pouca indicação de mudanças profundas nas políticas de habitação ou covid zero durante o congresso do partido.

O mais recente impulso financeiro visa credores de capital misto, como o China Merchants Bank Co., que não são 100% estatais, embora Pequim geralmente exerça o controle por meio de outras entidades estatais.

Xi Jinping, China’s president. Bloomberg.

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