Economia

China lança mecanismo de US$ 70 bilhões para ajudar o mercado de ações

Esquema ajuda a injetar liquidez no mercado

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Um trabalhador usa uma máquina para contar notas de 100 yuans chineses em Hong Kong, China. Foto: Paul Yeung/Bloomberg

O banco central da China disse nesta quinta-feira que começará a aceitar solicitações de instituições financeiras para participar de um esquema de financiamento recém-criado, inicialmente no valor de 500 bilhões de iuanes (US$ 70,62 bilhões), para ajudar o mercado de capitais.

O mecanismo permite o uso de ativos de investidores institucionais, como títulos, cotas de ETFs e outras participações, como garantia em um empréstimo ou troca (swap) de ativos de maior liquidez, como títulos do Tesouro e notas do Banco Popular da China, o BC chinês. Trata-se, portanto, de uma forma de injetar liquidez no mercado.

O Banco do Povo da China disse que empresas de valores mobiliários, empresas de fundos e seguradoras qualificadas podem se candidatar para participar do esquema de swap, que lhes dá acesso mais fácil a financiamento para comprar ações.

O anúncio foi feito depois que as ações chinesas caíram na quarta-feira após um rali, com a diminuição do entusiasmo dos investidores em relação aos planos de Pequim para reanimar a economia.

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“O mecanismo de swap foi projetado para fornecer suporte de liquidez a instituições financeiras não bancárias e pode ajudar a aumentar a confiança no mercado de ações”, disse Ming Ming, analista da Citic Securities.

O banco central anunciou o esquema pela primeira vez em 24 de setembro, como parte de um amplo pacote de medidas para estimular a economia e impulsionar os mercados de capitais.

De acordo com o mecanismo de swap, as empresas qualificadas podem usar seus ativos, incluindo títulos, ETFs de ações e participações em componentes do índice CSI300, como garantia em troca de ativos altamente líquidos, como títulos do Tesouro e notas do banco central.

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A escala inicial do programa de swap está definida em 500 bilhões de iuanes e pode ser expandida no futuro.

A criação dessa ferramenta “não significa que o banco central esteja entrando no mercado de ações, já que não há aumento na oferta monetária ou expansão do balanço patrimonial do banco central”, escreveu Xu Zhong, funcionário do órgão regulador do mercado interbancário da China, em um artigo publicado esta semana.

(Reportagem de Farah Master e redação Pequim)

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