Economia

China não deve desistir de guerra contra Covid, diz jornal estatal

Mais destinos turísticos – incluindo a capital da controversa região de Xinjiang – impõem restrições.

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As autoridades chinesas não devem “afrouxar medidas” ou ficar “cansadas da guerra” contra a Covid-19, de acordo com um importante jornal do Partido Comunista, à medida que mais destinos turísticos – incluindo a capital da controversa região de Xinjiang – impõem restrições destinadas a eliminar os casos.

O estatal Diário Econômico fez esse anúncio em comentário de primeira página nesta quarta-feira, observando que, ao contrário dos países ocidentais, a abordagem da China para reprimir o vírus busca prevenir mortes e proteger a saúde das pessoas. O artigo, que reconheceu que os controles pandêmicos estavam impactando na vida das pessoas, segue reunião do Politburo no mês passado em que a rigorosa política de Covid Zero foi reforçada pelos principais líderes da China.

A China continua a lançar um manual de restrições de circulação, testes em massa e vigilância, enquanto busca impedir uma série de surtos em pontos turísticos tradicionais em todo o país. Urumqi – a capital de Xinjiang e um destino popular para viajantes chineses por sua proximidade com a famosa Rota da Seda – bloqueou seis de suas oito principais áreas por cinco dias, com serviços de táxi e transporte público suspensos nessas áreas.

A região registrou 146 casos de Covid na segunda-feira. Uma autoridade local disse que algumas das novas infecções foram trazidas por turistas de outras partes da China, de acordo com a Radio Free Asia.

As autoridades também bloquearam outros pontos turísticos na China, que registravam forte demanda por viagens domésticas, já que as regras de Covid zero deixaram a fronteira internacional efetivamente fechada. Lhasa, a capital do Tibete, promoveu testes em massa na segunda-feira depois de bloquear partes da cidade, incluindo o famoso Palácio Potala, a tradicional residência de inverno dos Dalai Lamas. Bares, clubes de karaokê e outros locais de encontro público também foram fechados.

O maior surto da China no momento está em Hainan, uma ilha tropical no sul conhecida por suas praias e compras isentas de impostos. Sanya, ponto turístico popular no extremo sul de Hainan, registrou 410 novos casos na terça-feira. Alguns viajantes ficaram retidos na cidade, já que os voos foram cancelados e as restrições impostas na semana passada foram flexibilizadas na terça-feira, com mais partidas esperadas. Aqueles que ainda estão lá estão sujeitos a frequentes testes em massa, restrições de circulação e resultado negativo de um exame PCR é requisito para ir à praia.

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