Economia
Chuvas deixam 2,6 milhões sem energia no Estado de São Paulo
A Defesa Civil do Estado informou em nota que as rajadas de vento atingiram a velocidade recorde de 107,6 km/h
Pelo menos cinco pessoas morreram na cidade de São Paulo e municípios do interior como resultado das chuvas e fortes ventos que atingiram a região na noite de sexta-feira, informou o governo do Estado neste sábado, enquanto 2,6 milhões de consumidores enfrentaram falta de energia, segundo informações da Aneel.
A Defesa Civil do Estado informou em nota que as rajadas de vento atingiram a velocidade recorde de 107,6 km/h na estação da zona sul de São Paulo na sexta-feira.
Duas pessoas morreram, na capital e em Diadema, como consequência da queda de árvores. Em Bauru, houve outras três mortes com a queda de um muro. Em Cotia, duas pessoas foram hospitalizadas em estado grave por causa de um desmoronamento.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que dos 2,6 milhões de endereços impactados pela falta de energia, 2,1 milhões estão na área de atuação da Enel . A agência afirmou que a empresa seria intimada imediatamente a prestar esclarecimentos, acrescentando que poderá rever sua concessão, recomendando sua “caducidade” ao Ministério de Minas e Energia, caso não “apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço”.
Também em nota, a Enel informou que dos 2,1 milhões de consumidores afetados, 650 mil tiveram a energia restabelecida, mas não deu prazo para a solução total do problema no Estado. Segundo a empresa, além da capital, as cidades mais afetadas são Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema.
No início de novembro do ano passado, um apagão ocorrido também em função de um temporal chegou a deixar quase 4 milhões de endereços no Estado de São Paulo sem luz. O serviço só foi totalmente restabelecido uma semana após o evento climático extremo.
Neste sábado, o Mistério de Minas e Energia afirmou em nota que o ministro Alexandre Silveira determinou o encaminhamento de ofício à Aneel determinando que a agência cobre celeridade da distribuidora Enel no restabelecimento da energia na região metropolitana de São Paulo.
“A agência claramente se mostra falha na fiscalização da distribuidora de energia, uma vez que o histórico de problemas da Enel ocorre reiteradamente em São Paulo e também em outras áreas de concessão da empresa”, disse o ministério.
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