Economia
Dólar tem pouca alteração frente ao real com expectativa por ata do Fed
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar alternava estabilidade e leve queda frente ao real logo após a abertura desta quarta-feira, com o foco voltado para a publicação da ata da última reunião do Federal Reserve, que pode ajudar a direcionar as apostas sobre cortes de juros nos Estados Unidos.
Às 10:31 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,07%, a 4,9285 reais na venda.
Na B3, às 10:31 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,06%, a 4,9315 reais.
A movimentação tímida da moeda refletia operadores sem vontade de fazer grandes apostas antes da divulgação da ata do Fed, agendada para as 16h (de Brasília) desta quarta-feira. O documento será referente ao último encontro do banco central norte-americano, em que os juros foram mantidos no patamar atual, mas com alerta das autoridades de que são necessários mais dados para confirmar a trajetória de queda da inflação.
“A gente tem a ata do Fed que vai ser divulgada hoje, então os investidores estão mais cautelosos para entender como é que vai ficar a questão dos juros”, disse Gabriel Mota, operador da Manchester Investimentos.
“Contextualizando, a gente tem um cenário de queda nos nossos juros enquanto os Estados Unidos estão num patamar travado. Se a gente tiver ainda uma mudança do que o mercado estava acreditando (em relação ao afrouxamento monetário do Fed), provavelmente a gente vai ver um estresse muito forte nesse dólar”, completou ele.
Após dados de inflação e atividade mais fortes do que o esperado, o mercado futuro de juros dos EUA passou a embutir cortes nos juros mais tarde do que o inicialmente esperado, o que indica uma rentabilidade atraente na maior economia do mundo por mais algum tempo, algo positivo para o dólar.
No Brasil, o Banco Central tem cortado a taxa Selic num ritmo consistente de 0,50 ponto percentual por reunião, deixando os juros no patamar atual de 11,25%.
Apesar do afrouxamento monetário em andamento, parte dos mercados tem dito que, desde que o Copom não acelere o passo de redução dos juros, o real deve continuar sendo atraente para uso em estratégias de “carry trade” –tomada de empréstimo em país de taxas baixas e aplicação desses recursos em praça mais rentável.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9319 reais na venda, com queda de 0,61%.
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