Em 1ª reunião ministerial, Lula diz ser possível crescer com responsabilidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (6) que o governo tem uma tarefa “árdua” e “nobre” de unificar o país, e não de acabar com as divergências, uma vez que sua terceira gestão na presidência é formada por pessoas que pensam diferente.

Lula deu as declarações durante pronunciamento na abertura da primeira reunião ministerial de seu terceiro mandato como presidente e pregou união para acabar com as “brigas familiares”, cobrando respeito às leis e à Constituição.

O presidente também disse que é possível que a economia cresça com responsabilidade e defendeu que os trabalhadores precisam ter o mínimo de seguridade social.

“Não somos um governo de pensamento único, de filosofia única. Não somos um governo de pessoas iguais. Somos um governo de pessoas diferentes. A gente pensando diferente tem que fazer esforço para que na construção do país, a gente pense igual”, disse Lula na abertura da reunião.

Segundo o petista, é possível fazer a economia voltar a crescer com geração de empregos e o crescimento da massa salarial.

Lula também destacou a importância de ter uma boa relação com o Legislativo e se disse orgulhoso em ter montado uma equipe de políticos “já que não adianta ter uma equipe técnica e gabaritada mas sem votos no Congresso”, disse.

“É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso e, por isso cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, cada deputada, cada senador, cada senadora que o buscar”.

“Não tem importância que você divirja de deputados e senadores. Quando vamos conversar, não estamos propondo em casamento.”

‘Quem fizer coisa errada será retirado do governo’

Durante sua fala, Lula reiterou que qualquer ministro que fizer atos ilícitos será demitido do governo.

“Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”

Apesar do recado, o presidente prometeu apoiar cada ministro nos momentos bons e ruins. “Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada. Não deixarei nenhum de vocês”.