Economia

Em pronunciamento, Bolsonaro faz balanço e critica escolha de ministros de Lula

Em live ao vivo, o presidente Jair Bolsonaro fez um balanço de sua gestão em transmissão de uma hora em redes sociais.

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O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no penúltimo dia de seu mandato, antes da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que acontecerá em 01 de janeiro de 2023.

Ele relembrou desde a facada que levou em 2018, antes das eleições presidenciais, assim como a crise causada pela pandemia. “Nós fizemos a nossa parte na pandemia, compramos vacinas e não obrigamos ninguém a tomar. Mas as nossas liberdades estão sendo tolhidas”, em referência ao processo que sofre por ter relacionado desenvolvimento do vírus da Aids à vacina contra covid-19, que segundo ele, extraiu a informação de um trecho de matéria veiculada na revista Exame.

Bolsonaro listou os feitos de seu governo, entre eles: FIES, marco ferroviário, auxílio Brasil, água pelo Nordeste, internet nas escolas e combate à corrupção. Este último ele citou o endividamento anterior da Petrobras e como hoje a petroleira tem lucros recordes.

O presidente também destacou a isenção de IPI em alguns produtos e a privatização de estatais, como Eletrobras, durante seu governo. “A companhia dava um lucro pequeno e passou a aumentar seu caixa depois da privatização”, disse. Os Correios também foram citados.

Sobre a Lei Rouanet, ele citou que ela não foi exterminada, mas sim, readequada.

Quanto aos ministros de seu governo, ele exaltou as escolhas feitas nestes quatro anos, uma vez que todas foram feitas seguindo normas técnicas. No entanto, fez crítica à escolha dos ministros do governo eleito. “Compare nossos ministros com os indicados por Lula. Olha que diferença”. Bolsonaro também criticou a revogação de porte de armas que Lula pretende fazer, uma vez que após a liberação do porte em seu governo, as mortes no país foram reduzidas em cerca de 30%. “Sem armas não há paz”.

Ele também ressaltou sobre como o brasileiro se apropriou das cores da bandeira do país em forma de ‘um patriotismo nunca visto no Brasil’.

O presidente disse que em seu governo a inflação foi domada, com três meses de deflação, além de colocar um teto de ICMS nos combustíveis. “A partir de 1 de janeiro, a gasolina vai aumentar em cerca de R$ 1, além do diesel e gás de cozinha, por que o novo governo vai cobrar os impostos federais, ele não vai manter a desoneração dos combustíveis.”

Segundo Bolsonaro, o Brasil voltou a ser a décima maior economia do mundo durante sua administração, e que está deixando cerca de R$ 1 trilhão em investimentos.

Ele também disse que o seu governo moveu multidões pelo Brasil sem desembolsar nenhum valor por isso e que as acusações que sofreu foram absurdas.

Sobre seu silêncio após a derrota nas eleições presidenciais deste ano, ele disse que não queria tumultuar e nem dar margem de que qualquer fala fosse mal interpretada pela mídia. Ele reiterou que a imprensa não é livre e que os próprios jornalistas sabem disso. Mas ele lamentou a derrota, disse que a campanha presidencial foi parcial e voltou a questionar o sistema das urnas eletrônicas.

“Vou dizer que fui o melhor presidente do mundo? Claro que não, mas dei o meu sangue nestes quatro anos. Trabalhei de domingo a domingo, não estou reclamando, mas acredito que tive um chamado de Deus”, disse, emocionado.

“Se a facada de 2018 tivesse tirado minha vida, como estaria o país hoje?”

Jair bolsonaro

Aos apoiadores, o presidente tranquilizou que o Brasil não vai se acabar em 1 de janeiro. “Hoje o Brasil é mais conservador, mais de direita, e menos dependente do governo”.

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