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Falta de chuva no Rio Grande do Sul prejudica finalização do plantio de soja

Colheita de soja no interior de São Paulo

Um fazendeiro observa a soja sendo descarregada em um caminhão durante uma colheita em Santa Cruz do Rio Pardo, estado de São Paulo, Brasil, no sábado, 7 de março de 2020. Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg

O plantio de soja atingiu 98% da área projetada para a safra 2024/25 do Rio Grande do Sul, com a ausência de chuvas paralisando as atividades na Fronteira Oeste, Noroeste e Norte, apontou nesta quinta-feira (9) a Emater, em boletim semanal.

“A redução da umidade já causa estresse hídrico em parte significativa das áreas no Estado, reduzindo o potencial produtivo da cultura”, afirmou o órgão de assistência técnica do governo do Rio Grande do Sul.

Neste semana, especialistas afirmaram à Reuters que a situação é de atenção para a soja do Rio Grande do Sul, especialmente na faixa oeste e noroeste. Mas há uma expectativa de retorno de precipitações, o que poderia aliviar as preocupações.

A preocupação com o clima é maior para as áreas em floração e enchimento de grãos, que respondem por 20% e 3% dos cultivos semeados no Estado, respectivamente.

A Emater afirmou que “a escassez de chuvas na Fronteira Oeste está causando perdas significativas e impedindo a conclusão do plantio das lavouras mais tardias”, afirmou o relatório.

“Muitas áreas semeadas em dezembro apresentam problemas de estande devido tanto a falhas na germinação, provocadas pela falta de umidade, quanto ao tombamento após a emergência, causado pelas altas temperaturas.”

A estiagem também deve afetar os produtores de milho que pretendem realizar a semeadura da soja em sequência, pois não há umidade suficiente para a operação, apontou o boletim.

O Rio Grande do Sul já está colhendo milho, com a área colhida somando 8% do total previsto. Em outras regiões, contudo, o Estado ainda tem uma parcela final do plantio para ser concluído.

“Nas primeiras áreas colhidas em algumas regiões, há lavouras com excelentes resultados, e outras com menor produtividade. A ausência de chuvas afeta as plantas em estágio reprodutivo de maneira mais intensa, assim como o plantio, impactado pela falta de umidade do solo.”

Até o momento, 96% da área projetada com milho gaúcho para esta safra foi semeada, estando 17% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 11% em floração, 30% em enchimento de grãos e 34% em maturação.

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