Economia

Faturamento do varejo encolhe em junho em termos reais

Segmento de vestuário, artigos esportivos, livrarias e setor de serviços foram pressionados

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O faturamento do varejo brasileiro encolheu 1,6% no mês passado em relação ao mesmo período do ano anterior, descontada a inflação, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado pela empresa de pagamentos nesta quarta-feira.

Em termos nominais, houve alta de 2,8%, mostrou o ICVA, que acompanha mensalmente a evolução das vendas de 820 mil varejistas credenciados a Cielo distribuídos em 18 setores.

Nessa medição, que espelha a receita de vendas observadas pelo varejista e embutem a inflação, e-commerce registrou expansão de 6,9%, enquanto o comércio físico mostrou crescimento de 1,8% na comparação ano a ano.

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Todos os três macrossetores registraram queda: o de bens duráveis e semiduráveis encolheu 3%, afetado principalmente pelo segmento de vestuário e artigos esportivos; o de bens não duráveis recuou 1,3%, com livrarias e papelarias sendo o maior peso negativo; e o de serviços retraiu 1% pressionado por estética e cabeleireiros.

A Cielo destacou, porém, crescimento em segmentos vinculados ao Dia dos Namorados, comemorado no dia 12 de junho, tais como óticas e joalherias, varejo alimentício especializado e recreação e lazer.

“Assim como o Dia das Mães representou um alento para o Varejo no mês de maio, em junho foi a vez do Dia dos Namorados desempenhar esse papel”, afirmou o vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, Carlos Alves.

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Ele ponderou que “o resultado dos chamados segmentos presenteáveis não foi suficiente para estancar a queda do faturamento em geral, mas a data amenizou resultado que seria ainda mais negativo”.

O calendário também suavizou o resultado porque em 2024 não houve feriado de Corpus Christi em junho — diferente de 2023. Com isso, o mês contou com um dia útil a mais.

(Por Paula Arend Laier)

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