O Federal Reserve e vários pares de países ricos devem reduzir as taxas de juros novamente nesta semana, logo após uma eleição presidencial americana que pode ainda não estar decidida. Já no Brasil, a tendência é que o Banco Central volte a subir os juros.
Bancos centrais responsáveis por mais de um terço da economia global definirão os custos dos empréstimos, agarrando-se a quaisquer certeza que possam discernir sobre o provável rumo da política americana para os próximos quatro anos.
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Com a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump empatados antes da eleição de 5 de novembro, autoridades monetárias de Washington a Londres podem ainda permanecer em suspense.
Eleição à parte, os formuladores de políticas americanos já comunicaram o desejo de prosseguir com um ritmo mais gradual de cortes nas taxas após a redução de meio ponto em setembro. Economistas esperam amplamente um corte de 0,25 ponto na quinta-feira (7), seguido por outro em dezembro — e sua convicção cresceu após dados de sexta-feira (1) mostrarem a contratação mais fraca desde 2020.
Os dirigentes do Fed tentam se manter distantes da política, mas iniciaram um ciclo de corte de juros entrando na reta final de uma eleição cujo resultado pode depender de como os eleitores se sentem sobre a economia. Embora o presidente Jerome Powell provavelmente enfatize que as condições atuais justificam uma política menos restritiva quando falar após a decisão, ele e seus colegas ainda arriscam retaliação política.
E no Brasil?
No Brasil, os alertas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre expectativas de inflação desancoradas, junto com leituras crescentes do índice geral, têm levado analistas a prever um aumento de meio ponto na taxa de juros para 11,25% na quarta-feira (6).
O consenso inicial também é por um terceiro aumento consecutivo na reunião de dezembro do BC.
Europa
A decisão do Banco da Inglaterra na quinta-feira pode chamar atenção particular, vindo logo após planos para maior endividamento e gastos revelados no orçamento do governo Trabalhista terem empurrado os custos de empréstimos do Reino Unido para seu nível mais alto em um ano.
Esse tenso cenário não deve distrair os formuladores de política de uma maior flexibilização por enquanto. Todos os 49 economistas pesquisados pela Bloomberg preveem que eles entregarão um corte de um quarto de ponto na quinta.
Com o orçamento apresentando um afrouxamento fiscal, a Bloomberg Economics acredita que as previsões trimestrais que acompanham a decisão provavelmente mostrarão maior crescimento e inflação de médio prazo.
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Enquanto isso, o Reino Unido adotará uma abordagem mais rígida para futuros aumentos salariais do setor público, como parte de um esforço renovado da ministra das Finanças, Rachel Reeves, para tranquilizar os mercados financeiros de que ela gerenciará cuidadosamente as finanças da nação.
Na Suécia, as expectativas para o Riksbank mudaram decisivamente em favor de um corte de meio ponto para 2,75% na quinta-feira, após dados mostrarem que a economia permanece estagnada. A produção encolheu no terceiro trimestre, e o grande setor exportador do país está se tornando mais pessimista.
Após quase três anos de estagnação, as autoridades suecas podem adotar um maior senso de urgência em auxiliar o crescimento, especialmente porque a inflação caiu abaixo de sua meta de 2% e ameaça permanecer estagnada a menos que a demanda doméstica se recupere novamente.
No mesmo dia, espera-se que o noruguês Norges Bank mantenha sua taxa em 4,5%, com a renovada fraqueza da coroa provavelmente preservando sua perspectiva de não flexibilização até março do próximo ano.
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