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Ficou sabendo? SpaceX lança internet para jatos; balanço Nestlé e Nasdaq

SpaceX lança serviço de internet por satélite para jatos privados; Nasdaq tem alta de 15% no lucro ajustado do trimestre; Nestlé tem maior crescimento de receita em 14 anos.

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SpaceX lança serviço de internet por satélite para jatos privados

A SpaceX anunciou nesta quarta-feira lançamento de serviço de acesso banda larga à internet em jatos privados, oferecendo aos clientes uma antena de 150 mil dólares que pode ser instalada em uma aeronave, em meio à crescente concorrência por conectividade aérea.

A Starlink, a crescente rede de milhares de satélites de internet da SpaceX, cobrará dos clientes de jatos particulares entre 12.500 e 25 mil dólares por mês pelo serviço, além do custo único de hardware de 150 mil dólares, informou a empresa.

A Starlink Aviation começará a entregar terminais de acesso em meados de 2023, informou a companhia, com reservas exigindo um pagamento antecipado de 5 mil dólares. A empresa acrescentou que cada terminal pode fornecer velocidade de até 350 Mbps, rápido o suficiente para chamadas de vídeo e jogos online.

Empresas que estão montando redes de satélites em órbita baixa da Terra para transmissão de internet rápida, como a Starlink e a OneWeb, estão correndo para atrair companhias aéreas e serviços de jatos particulares em um mercado dominado por companhias como Inmarsat e a rival ViaSat, que planejam uma fusão.

A OneWeb anunciou na terça-feira acordo com a gigante de banda larga em aviões Panasonic Avionics, que oferece serviço para cerca de 70 companhias aéreas, para comercializar e vender o serviço de acesso rápido à internet da OneWeb para companhias aéreas até meados de 2023.

A SpaceX planeja oferecer conectividade para aviões da Hawaiian Airlines no próximo ano. A empresa oferece o serviço para clientes marítimos e motorhomes, e já tem dezenas de milhares de consumidores individuais pagando 110 dólares por mês com um terminal custando 599 dólares.

Nasdaq tem alta de 15% no lucro ajustado do trimestre

A Nasdaq divulgou nesta quarta-feira um salto de 15% no lucro ajustado do terceiro trimestre, impulsionado pela forte demanda por produtos de investimento que ajudou a compensar uma desaceleração nas ofertas públicas iniciais.

Os mercados globais foram agitados nos últimos meses, com a volatilidade persistente em todas as classes de ativos forçando investidores a reorganizarem carteiras para se protegerem contra riscos. O movimento aumentou os volumes de negociação e a demanda pelos produtos de investimento da Nasdaq.

Sob o comando da presidente-executiva, Adena Friedman, a Nasdaq procurou diversificar suas ofertas e se reposicionar como uma empresa líder em tecnologia financeira com presença em expansão no setor de software e tecnologia anticrime financeiro.

A receita no segmento de soluções da empresa, que abriga seus produtos de tecnologia, saltou 8%, para 584 milhões de dólares.

Surpreendentemente, a operadora transatlântica de bolsa de valores conseguiu aumentar receitas no segmento de serviços de listagem em 6%, para 105 milhões de dólares no trimestre.

Em termos ajustados, a Nasdaq teve lucro de 0,68 dólar por ação no trimestre encerrado no fim de setembro. Analistas, em média, esperavam 0,65 dólar, segundo dados da Refinitiv.

A receita líquida no trimestre subiu 6%, para 890 milhões de dólares.

Em linha com outras grandes empresas financeiras, a Nasdaq também enfrentou dificuldades com o aumento dos custos diante da maior inflação no hemisfério Norte em décadas. As despesas operacionais ajustadas no trimestre aumentaram 5%.

As ações da companhia encerraram o dia em queda de 2,1%.

Nestlé tem maior crescimento de receita em 14 anos com alta de preços

A Nestlé divulgou nesta quarta-feira seu maior crescimento de vendas acumuladas em nove meses dos últimos 14 anos e elevou previsão de desempenho para o ano, embalada por aumentos de preços que não fizeram a maior empresa de alimentos do mundo perder muitos consumidores.

A companhia teve vendas orgânicas, que excluem o impacto de variações cambiais e aquisições, em alta de 8,5% nos nove meses encerrados em setembro. O resultado marcou o melhor desempenho da empresa para o período desde 2008 e foi catapultado por altas de preços que minimizaram impactos de custos maiores.

No Brasil, a Nestlé teve alta de dois dígitos nas vendas do período, refletindo “forte demanda por doces, nutrição infantil e bebidas achocolatadas”. O México viu expansão de um dígito, informou a empresa no relatório. A empresa não detalhou os números dos países

Mas, na América Latina como um todo, as vendas de janeiro ao fim de setembro tiveram expansão orgânica de 12,9%, com alta de 10,5% nos preços.

O crescimento das vendas na América Latina “foi apoiado por precificação, forte execução operacional e impulso adicional de canais fora de casa” de consumidores, afirmou a companhia.

O presidente-executivo da Nestlé, Mark Schneider, comentando sobre a performance de toda a companhia, afirmou que a empresa conseguiu “um forte crescimento orgânico à medida que continuamos a ajustar os preços de forma responsável para refletir a inflação”.

Apesar das fortes vendas, alguns analistas temem que os aumentos de preços possam em breve levar os consumidores para longe da companhia, em meio à alta da inflação que está causando queda no volume de vendas do setor.

No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor subiu 10,1% em setembro sobre um ano antes, com o maior salto nos preços dos alimentos desde 1980. A inflação na zona do euro também superou expectativas e atingiu 10% no mês passado.

“É preciso se preocupar com o poder de precificação por categoria, especialmente em alimentos discricionários – ninguém realmente precisa de um KitKat ou de um sorvete”, disse Chris Beckett, chefe de pesquisa de ações da Quilter Cheviot.

“Os volumes de vendas se mantiveram bem até agora, mas estamos longe do vale de redução do custo de vida.”

Schneider, presidente da Nestlé, levantou preocupações sobre o ambiente econômico “desafiador”, que ele disse estar prejudicando o poder de compra de muitos clientes. As ações da Nestlé encerraram o dia em queda de 1,3%.

Nos nove meses até o final de setembro, a Nestlé registrou receita de 69,1 bilhões de francos suíços (69,4 bilhões de dólares), superando a previsão média de 68,9 bilhões de francos apurada pela empresa junto a 23 analistas.

A maior parte do aumento do crescimento orgânico total veio de preços mais altos, respondendo por 7,5 pontos percentuais do aumento de 8,5%, enquanto os volumes de vendas aumentaram 1 ponto percentual no período.

Como resultado, a Nestlé elevou sua perspectiva para o ano inteiro, dizendo que agora espera um crescimento orgânico de “cerca de 8%” para 2022, acima de um aumento de 7% para 8% esperado anteriormente.

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