Economia
Fluxos para mercados emergentes seguem fortes, mas cautela se instala, diz IIF
Estrangeiros colocaram mais dinheiro em emergentes em fevereiro, mas fluxos de entrada foram muito menores do que em janeiro.
Investidores estrangeiros colocaram mais dinheiro em carteiras de mercados emergentes em fevereiro, embora os fluxos de entrada tenham sido muito menores do que em janeiro, diante da perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos e na Europa, informou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) nesta quinta-feira (9).
Fevereiro registrou a entrada de US$ 17,9 bilhões em títulos de dívida e de US$ 4,9 bilhões em ações, segundo dados do IIF. As entradas líquidas combinadas de US$ 22,9 bilhões se comparam a US$ 66 bilhões em janeiro.
Os fluxos tiveram dois momentos distintos no período, com a primeira parte do mês ainda se beneficiando de novas dívidas que se seguiram à emissão recorde em janeiro, enquanto a inflação e preocupações com juros mais altos voltaram a predominar na segunda quinzena de fevereiro, disse o IIF.
“No futuro próximo, vemos uma queda no nível de fluxos de entrada como resultado de um mercado mais cauteloso, dada a postura monetária ainda agressiva do (Federal Reserve e Banco Central Europeu)”, afirmou o economista do IIF Jonathan Fortun em um comunicado.
“A incerteza sobre a política monetária pode aumentar a demanda por proteção do dólar, já que a relação entre moedas de mercados emergentes e a volatilidade da taxa de juros dos EUA continua a se fortalecer.”
O chefe do Fed, Jerome Powell, trouxe de volta esta semana a possibilidade de uma taxa básica mais alta e incrementos mais rápidos, embora tenha dito que os novos dados econômicos antes de uma decisão de 22 de março serão determinantes. O principal relatório de emprego dos EUA para fevereiro está previsto para ser divulgado na sexta-feira (10).
Os títulos de dívida na China registraram uma saída de US$ 0,7 bilhão, enquanto os fluxos para ações chinesas ficaram em US$ 2,4 bilhões. A dívida chinesa registrou saídas em 11 dos últimos 13 meses, mostram os dados.
Regionalmente, a Ásia e a América Latina registraram as maiores entradas no mês passado, com US$ 11,8 bilhões e US$ 7,3 bilhões, respectivamente.
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