Economia

Guerras e eleições complicam negociações de acordos antes da reunião em Abu Dhabi, diz chefe da OMC

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GENEBRA (Reuters) – A chefe da Organização Mundial do Comércio alertou nesta sexta-feira que pode ser difícil fechar acordos em uma reunião ministerial neste mês devido a uma série de eleições, recessões e às guerras na Ucrânia e em Gaza.

Os ministros do Comércio se reunirão em Abu Dhabi de 26 a 29 de fevereiro e tentarão intermediar acordos comerciais globais, incluindo a reforma do sistema de disputas do órgão de 29 anos e o corte dos subsídios à pesca.

“Vai ser um pouco difícil porque a conferência acontecerá em uma conjuntura difícil”, disse a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, a repórteres em Genebra, descrevendo as posições de negociação como muito distantes. “Estamos enfrentando muitos problemas, econômicos e políticos. Vocês entenderão que não vai ser fácil.”

No entanto, ela disse achar que alguns resultados ainda são possíveis, o que poderia incluir a segunda parte de um acordo sobre o corte de subsídios para a pesca que está esvaziando os oceanos do mundo e um roteiro para negociações agrícolas.

Um dos desafios são as múltiplas eleições deste ano, disse ela, em comentários que incluíram a eleição de novembro nos Estados Unidos, onde as pesquisas mostram o ex-presidente Donald Trump na liderança.

“Como vocês sabem, as eleições influenciam a maneira como as pessoas negociam”, disse ela.

Durante sua presidência, Trump lançou uma guerra comercial com a China, bloqueou a capacidade da OMC de julgar disputas comerciais e ameaçou se retirar da organização formada por 164 membros.

Perguntada sobre como a OMC se prepararia para um possível retorno de Trump, Okonjo-Iweala disse: “Continuaremos a nos fortalecer… Tentaremos mostrar porque é importante permanecer com os termos da OMC”.

(Reportagem de Emma Farge)

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