Economia
Haddad disse que aprovação da reforma no Senado não deve ter dificuldades
Ministro da Fazenda afirmou que grande parte dos pleitos de senadores já foram contemplados no texto aprovado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta sexta-feira (7) acreditar que não vai enfrentar grandes dificuldades no Senado para aprovar o texto da Reforma Tributária. Ele também afirmou que estava otimista e prevendo uma votação expressiva na Câmara dos Deputados.
“Foi feita muita negociação e o que eu senti é que as pessoas estavam genuinamente abertas ao diálogo porque sabem da importância da Reforma Tributária para o Brasil. Um dos gargalos do Brasil é o sistema tributário para o desenvolvimento, aumento da produtividade do trabalho, segurança jurídica para investimentos nacionais e estrangeiros”, afirmou.
O ministro ainda declarou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) não deve enfrentar dificuldades para ser aprovada no Senado, pois o relator da matéria na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), contemplou em seu texto uma proposta de reforma que tramitava no Senado e fez um “trabalho de mediação muito grande” com os senadores.
“Já recebi telefonemas de senadores elogiando o texto da Câmara, dizendo que uma boa parte do pleito dos senadores o relator da Câmara já atendeu e que, portanto, eles também estão otimistas em relação à tramitação no Senado que deve ocorrer no segundo semestre.”
Ele mencionou que os “extremistas” quiseram demarcar terreno, referindo-se aos parlamentares do PL que foram orientados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a vetar o projeto, mas não foram suficientes.
Haddad disse que espera que o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) seja votado ainda nesta sexta-feira, antes do recesso parlamentar. O governo federal enviou para o Congresso um projeto de lei para regulamentar o chamado voto de qualidade.
Reforma Tributária
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta sexta-feira (7) o texto-base da reforma tributária em segundo turno e iniciou a votação de destaques que podem mudar o teor da matéria, que será retomada na manhã desta sexta no plenário da Casa.
Os deputados aprovaram o texto-base da proposta em segundo turno por 375 votos a 113 e rejeitou o primeiro destaque que poderia alterar o texto do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
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