Economia
Ibovespa sobe puxado por Petrobras e CSN; dólar supera os R$ 5,43 após Lula criticar Campos Neto
Mercado aguarda decisão de juros pelo Banco Central
O Ibovespa fechou em alta de 0,41% nesta terça-feira (18), a 119.630,44 pontos, sustentado principalmente pelas ações da Petrobras, que avançaram mais de 3%, após acordo tributário da companhia que agradou analistas e com avanço dos preços do petróleo no exterior.
A CSN também disparou mais de 9% após decisão de que a Ternium deve pagar cerca de R$ 5 bilhões à companhia referente a um pleito de direito a “tag along” em função da venda de controle da Usiminas para a Ternium.
Na máxima do dia, o indicador chegou a 120.108,98 pontos. Na mínima, marcou 118.872,22 pontos.O volume financeiro somou R$ 18,5 bilhões.
Na visão do analista Alex Carvalho, da CM Capital, a bolsa paulista teve uma “tentativa de estabilização” da queda em 2024, de mais de 11% até a véspera, favorecida pelo viés positivo no exterior, com alta do minério de ferro e do petróleo.
Ele ressaltou, contudo, que o cenário permanece de queda no curto prazo e ressaltou que as atenções na quarta-feira devem se voltar para a decisão de política monetária do Banco Central brasileiro, prevista para após o fechamento do mercado.
Pesquisa da Reuters entre 10 e 13 de junho com 40 economistas mostrou que a maioria (34) espera manutenção da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Os outros 6 veem um corte de 0,25 ponto percentual, para 10,25%.
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Na expectativa da decisão do Copom, investidores também analisaram declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou o titular do BC, Roberto Campos Neto, de trabalhar “muito mais para prejudicar o país do que para ajudar”.
Campos Neto ocupa o cargo até o fim do ano e há receios no mercado sobre o sucessor. “O mercado tem dúvidas sobre qual será a postura do novo BC frente a eventuais pressões políticas e desancoragem das expectativas de inflação”, ponderou um gestor.
Dólar
O dólar fechou o dia em leve alta de 0,22% ante o real, a R$ 5,4339, com investidores evitando mudar posições de forma radical antes da decisão de quarta-feira do Copom sobre juros, enquanto no exterior a moeda norte-americana perdeu força após números abaixo do esperado do varejo dos Estados Unidos.
Foi é a maior cotação de fechamento desde 4 de janeiro de 2023 – início do governo Lula –quando encerrou a R$ 5,4513. Em junho, a divisa acumula elevação de 3,48%.
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