Índice favorito do Fed, PCE sobe moderadamente em junho

O indicador preferido do Federal Reserve (Fed) para medir a inflação nos Estados Unidos, o Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, em inglês) subiu de forma moderada em junho, e os gastos dos consumidores deram sinais “encorajadores” para os dirigentes da autoridade monetária que perseguem um “pouso suave” da economia.

O PCE básico, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, aumentou 0,2% em relação a maio. Em comparação ao ano anterior, subiu 2,6%, de acordo com dados do Bureau of Economic Analysis (BEA) divulgados nesta sexta-feira (26). Os gastos dos consumidores ajustados pela inflação aumentaram 0,2%, enquanto o aumento de maio foi revisado para cima.

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Após a divulgação do PCE, os rendimentos dos títulos do Tesouro (Treasuries) subiram, já que os dados de inflação vieram em grande parte conforme o esperado, mesmo com os dados trimestrais de quinta-feira (25) terem sugerido que os meses anteriores podem ter sido revisados para cima. A leitura da inflação básica do PCE de maio foi ligeiramente revisada para cima, mas permaneceu em 0,1% em termos arredondados.

Em uma base anualizada de três meses, a inflação básica esfriou para 2,3%, a menor desde dezembro.

O relatório de sexta-feira oferece algumas evidências encorajadoras de que o aperto imposto pelo Fed está avançando com poucos danos. Embora seja amplamente esperado que os dirigentes mantenham a taxa de juros na reunião da próxima semana, os investidores apostam que o primeiro corte de taxa ocorrerá em setembro.

“Do ponto de vista do Fed, cumulativamente, achamos que os dados mostram progresso suficiente — tanto na inflação quanto nas condições do mercado de trabalho — para que os dirigentes abram a porta para um corte de taxa em setembro”, disse Rubeela Farooqi, economista-chefe dos EUA na High Frequency Economics.

Dados separados publicados na sexta-feira pela Universidade de Michigan mostraram que, para os consumidores, os preços permanecem altos e a taxa de inflação em queda não ajudou a melhorar seu humor: o índice de sentimento da escola caiu para o menor nível em oito meses em julho.

Inflação de serviços

Os dirigentes prestam muita atenção à inflação dos serviços, excluindo habitação e energia, que tende a ser mais persistente. Esse indicador aumentou 0,2% em junho pelo segundo mês consecutivo, de acordo com o BEA.

O relatório mostrou que os gastos ajustados pela inflação para serviços e mercadorias subiram 0,2% cada. Habitação e utilidades lideraram os aumentos nos gastos com serviços, enquanto veículos e itens recreativos impulsionaram os avanços nos gastos com mercadorias.

Sinais de esfriamento no mercado de trabalho estão começando a se traduzir em menor poder de compra. Salários e ordenados subiram 0,3% em junho, metade do ritmo do mês anterior. Em termos ajustados pela inflação, o crescimento da renda disponível desacelerou para 0,1%.

Dados adicionais que serão divulgados na próxima semana, incluindo o relatório mensal do governo sobre emprego, oferecerão uma visão mais recente sobre como está se sustentando o crescimento da renda.

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