Economia
Influenciadores avaliam vida e sonhos se EUA banirem TikTok
Parlamentares norte-americanos pressionam o governo do presidente Joe Biden a proibir o popular aplicativo de mídia social chinês.
Quando Cassidy Jacobson tinha 13 anos, ela postou um vídeo dela dançando no popular aplicativo TikTok.
Mal sabia ela que, seis anos depois, sua conta Cassidy_J teria 1,5 milhão de seguidores na plataforma de vídeos curtos, com fãs atraídos por seu amor pela dança e pelos cuidados com os cabelos.
Jacobson sonha em usar seu sucesso no TikTok – um aplicativo utilizado por 150 milhões de norte-americanos – para iniciar sua própria linha de produtos para cabelos cacheados e inspirar outras pessoas a amarem seus cachos naturais.
Esse sonho e o de outros criadores de conteúdo do TikTok podem ser frustrados, uma vez que muitos parlamentares norte-americanos pressionam o governo do presidente Joe Biden a proibir o popular aplicativo de mídia social de propriedade chinesa nos Estados Unidos, alegando que o aplicativo pode ser usado para coleta de dados, censura de conteúdo e danos à saúde mental de crianças.
Na semana passada, o TikTok disse que o governo Biden exigiu que seus proprietários chineses vendam suas participações ou enfrentariam uma possível proibição.
Jacobson está se preparando para a possibilidade de ter que levar seu conteúdo para outro lugar se a empresa chinesa ByteDance, dona do TikTok, não puder mais fornecer o aplicativo nos Estados Unidos.
“O TikTok está meio complicado agora e o objetivo de um criador de conteúdo é crescer em várias plataformas para ter uma comunidade sólida, você não quer se concentrar apenas em um aplicativo”, disse Jacobson à Reuters.
Em uma tensa audiência no Congresso na quinta-feira (23), o presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, enfrentou perguntas difíceis dos parlamentares.
“Não promovemos ou removemos conteúdo a pedido do governo chinês”, disse Chew na audiência, acrescentando que o aplicativo está “livre de qualquer manipulação”.
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