Economia
IPCA-15 sobe 0,57% em abril, diz IBGE
Prévia da inflação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (26) pelo IBGE.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,57% em abril, puxado pelo preço da gasolina, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26).
Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,61 por cento para o período. Em março, o índice ficou em 0,69%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,59% e, em 12 meses, de 4,16%, abaixo dos 5,36% registrados nos 12 meses anteriores.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram inflação no mês de abril. A maior variação (1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 p.p.) vieram do grupo dos Transportes, que haviam subido 1,50% em março.
Também contribuíram com a alta na prévia da inflação do mês foram os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,04%) e Habitação (0,48%), com 0,14 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente.
“O Banco Central deve manter o discurso de não cortar os juros tão cedo, por conta da aceleração dos núcleos, mas isso pode trazer ainda mais impactos negativos nos balanços das empresas, que estão com queda em suas margens, aumento no endividamento, e dificuldades para conseguir manter suas atividades por conta do custo alto de crédito.”
Andre Fernandes, head de renda variável da A7 Capital
Gasolina volta a puxar inflação
Assim como no mês anterior, a alta do grupo Transportes, de 1,44%, foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), subitem que contribuiu com o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.).
Também foi registrado aumentos nos preços do etanol (1,10%). Já o óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%) registraram queda.
As passagens aéreas também tiveram alta de 11,96%, após recuo de 5,32% em março.
O índice calculou variação positiva de ônibus urbano (0,94%) e subitem metrô (0,16%), e de 0,07% no subitem táxi.
Pesquisa IPCA-15
O indicador leva em consideração famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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