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Ladrões roubam jóias de Napoleão no Louvre

Museu mais famoso (e seguro?) do mundo fecha após o assalto

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O museu do Louvre, em Paris, foi fechado no domingo depois que várias joias de valor inestimável foram roubadas em um assalto audacioso.

Falando à rádio France Inter no domingo, o ministro do Interior, Laurent Nunez, disse que vários indivíduos entraram no Louvre naquela manhã durante o que ele chamou de um “grande assalto” que durou minutos.

Segundo o ex-chefe de polícia de Paris, foi “claramente uma equipe que fez o dever de casa”, já que as janelas foram cortadas com uma ferramenta elétrica. Suspeita-se que os ladrões tenham usado um elevador de móveis para entrar no Museu do Louvre.

“Joias de valor histórico e inestimável” foram levadas, disse Nunez. “Mas não posso dizer mais nada neste momento.”

“Estamos trabalhando muito neste momento para encontrar os autores”, acrescentou, confirmando que ninguém ficou ferido.

Mais tarde, a ministra da Cultura, Rachida Dati, disse à TF1 que a quadrilha invadiu a Galerie d’Apollon — uma suntuosa sala no primeiro andar da Petite Galerie que abriga as joias da Coroa francesa desde 1887 — e que uma peça de joalheria foi recuperada durante a fuga.

Várias joias pertencentes a Napoleão e à imperatriz Eugênia (esposa de Napoleão III, sobrinho do original) foram roubadas, segundo o Le Parisien. A coroa da imperatriz, feita com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas foi encontrada danificada perto do museu, disse o jornal.

O Le Parisien também informou que uma das vitrines quebradas continha uma coroa, uma tiara, pérolas, broches de diamante e um pingente. Uma segunda vitrine continha um conjunto de joias, um colar e uma tiara, citou o jornal, mencionando um guia turístico não identificado.

Símbolo global da cultura francesa, o Louvre é um dos locais mais vigiados da capital. Apesar da segurança, o museu já foi violado em algumas ocasiões, a mais famosa em 1911, quando a Mona Lisa de Leonardo da Vinci foi roubada. Outras tentativas miraram obras como “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix, assim como “A Onda”, de Gustave Courbet.

Após o assalto, o Ministério Público de Paris anunciou uma investigação por “furto organizado e associação criminosa para cometer um crime”.

Segundo Nunez, três ou quatro ladrões chegaram perto do museu em potentes scooters TMax na manhã de domingo, por volta das 9h30. Os autores fugiram do local e estão sendo procurados, disse o ministro.

O incidente provavelmente aumentará o escrutínio sobre a segurança nos museus e instituições culturais da França. No mês passado, ladrões invadiram o Museu de História Natural de Paris, roubando raras pepitas de ouro avaliadas em cerca de € 600.000 (US$ 702.600), em meio à disparada do preço do metal, segundo reportagens da imprensa francesa.

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No início deste ano, o presidente francês Emmanuel Macron apresentou um ambicioso projeto de “Renascença” de 10 anos para reformar o Louvre, que inclui planos para reforçar a segurança das instalações do museu. O Louvre é o museu mais visitado do mundo, com cerca de 9 milhões de visitantes por ano, e frequentemente sedia eventos como desfiles de moda e jantares beneficentes.

“A vulnerabilidade dos museus é uma questão de longa data”, disse Dati. “Esses museus precisam ser adaptados a novas formas de crime.”

Por Claudia Cohen

Foto: Adobe Stock

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