Economia

Liz Truss renuncia ao cargo de primeira-ministra do Reino Unido

Anúncio ocorre seis semanas após nomeação.

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Liz Truss anunciou nesta quinta-feira (20) que renunciou ao cargo de primeira-ministra, derrubada por seu programa econômico que abalou os mercados e dividiu seu Partido Conservador apenas seis semanas depois de sua nomeação.

A eleição da liderança será concluída na próxima semana.

Em discurso do lado de fora de seu escritório em Downing Street, Truss admitiu que não poderá cumprir as promessas que fez quando estava concorrendo à liderança conservadora, tendo perdido a confiança de seu partido.

“Reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato pelo qual fui eleita pelo Partido Conservador. Por isso, falei com Sua Majestade, o Rei, para notificá-lo de que estou renunciando ao cargo de líder do Partido Conservador”, disse ela.

“Esta manhã encontrei o presidente do Comitê de 1922, Sir Graham Brady. Concordamos que haverá uma eleição de liderança a ser concluída na próxima semana. Isso garantirá que permaneçamos no caminho para entregar nossos planos fiscais e manter a estabilidade econômica e a segurança nacional de nosso país”.

Posse Liz Truss

Ela foi empossada como primeira-ministra do Reino Unido um dia antes da morte da rainha Elizabeth, com um enorme desafio pela frente. Isso porque a região formada por Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte enfrenta um período de preços elevados e crise energética, com risco eminente de desabastecimento.

Ao tomar posse, Liz afirmou que iria fazer o possível para reaquecer a economia inglesa e ajudar as famílias para que não sofram com a crise enérgica no inverno. Inclusive, ela anunciou algumas medidas para tentar reverter o cenário, como estabelecer um valor teto na conta de energia paga por consumidores e empresas.

O pacote de Truss, financiado por empréstimos do governo, poderia custar ao Reino Unido cerca de 150 bilhões de libras. Essa possibilidade, inclusive, contribuiu para a moeda atingir a cotação mínima desde 1985 perante o dólar.

Liz Truss em Londres 5/9/2022 REUTERS/Hannah McKay

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