Economia
Lula é diplomado pelo TSE e assume Planalto a partir de 1º de janeiro
O ato é indispensável para a posse.
Em concorrida cerimônia e sob forte esquema de segurança em Brasília, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diplomou nesta segunda-feira Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) como presidente e vice-presidente da República para mandatos de quatro anos que se iniciam em 1º de janeiro de 2023.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, assinou os diplomas de Lula e Alckmin, um ato indispensável para a posse dos dois que confirma que os candidatos escolhidos pelos eleitores nas urnas eletrônicas cumpriram todas as exigências previstas na legislação eleitoral e estão aptos para exercer o mandato.
Aos 77 anos, Lula venceu o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa ao Palácio do Planalto e foi eleito para o terceiro mandato presidencial. Deverá ficar no cargo até 31 de dezembro de 2026.
Segundo o TSE, cerca de mil pessoas foram convidadas para assistir à solenidade, entre autoridades dos três Poderes e políticos. A cerimônia foi sóbria e não vai contar com o cumprimento das autoridades após a diplomação.
O esquema de segurança das imediações do prédio do tribunal foi reforçado. Havia o temor de manifestações de simpatizantes de Bolsonaro, o que não ocorreu. O presidente jamais reconheceu publicamente a derrota para Lula e há anos vem tentando lançar suspeitas – sem provas – sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Discurso
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva chorou ao dizer, logo após ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral, que com a sua vitória o povo reconquistou o direito de viver em democracia no país.
“Antes de falar o que está escrito no meu discurso, eu queria dizer, companheira Dilma, companheiro José Sarney, companheiros deputados, senadores, ministros, juízes, que participaram da vigília em Curitiba, dirigentes partidários, Gleisi Hoffmann, em nome do meu partido, não é um diploma do Lula presidente, é um diploma significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia neste país”, afirmou, com voz embargada.
Lula disse que poucas vezes na história recente do Brasil a democracia foi tão ameaçada e destacou a coragem de atuação da cúpula do Judiciário que a defendeu.
“Coragem do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral que enfrentaram toda a sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a democracia brasileira”, disse ele, sob aplausos.
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