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Economia

Lula indica trader do Bradesco para diretoria de Política Monetária do BC e ajuda a aliviar tensão do mercado

Economista Nilton David, do Bradesco, deve assumir cargo que hoje é Gabriel Galípolo

edifício do Banco Central localizado no Setor Bancário Sul em Brasília. Brasília, Distrito Federal
edifício do Banco Central localizado no Setor Bancário Sul em Brasília. Brasília, Distrito Federal. Foto: Adobe Stock Photo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou o economista Nilton David, head trader do banco Bradesco, para assumir a diretoria de Política Monetária a partir de janeiro, no lugar de Gabriel Galípolo, informou a autarquia nesta sexta-feira (29).

Em nota, o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, disse que David “é um operador experiente de mercado, tendo passado por várias instituições globais e locais” e que ele “tem vasta experiência nos mercados de juros, câmbio e de capitais.”

“Além da sua formação técnica, Nilton David sempre se engajou e provocou debates sobre formas de aperfeiçoar as instituições brasileiras e o mercado de capitais, com vistas a favorecer uma expansão mais sólida e sustentável da economia do país.”

Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco

O nome de David já circulava no mercado antes da indicação ser confirmada e foi bem-recebida entre os profissionais do setor. Para alguns, o rumor de que um perfil técnico assumiria a diretoria de Política Monetária ajudou a moderar a alta do dólar nesta sexta. “É um nome bem melhor do que o mercado esperava”, disse um operador do mercado que prefere não ser identificado.

David tem 52 anos e está no Bradesco há cinco anos. Antes ocupou a função de managing director no Morgan Stanley. E teve passagens por grandes instituições estrangeiras como Citi e Barclays.

Havia uma grande preocupação do mercado com a escolha do nome que substituiria Gabriel Galípolo na cadeira de diretor de Política Monetária. Isso porque é esse diretor que vai responder por tomadas de decisão como as de comprar ou vender títulos públicos para o banco, de intervir ou não no câmbio, de garantir o equilíbrio monetário e do relacionamento com o Tesouro Nacional.

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Para as outras duas vagas na diretoria que serão abertas até o final do ano, foram indicados os servidores de carreira do BC Gilneu Vivan (diretoria de Regulação) e Izabela Correa (diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta).

Eles substituirão respectivamente Otavio Damaso e Carolina Barros, também servidores de carreira do banco.

Os nomes ainda terão que ser submetidos à apreciação do Senado após sabatina dos indicados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

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Com a aprovação dos três, a diretoria do BC, que compõe o Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela definição da taxa básica de juros, passará a ter maioria de indicados por Lula, 7 de 9 nomes. Os diretores Ailton de Aquino (Fiscalização), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais) e Rodrigo Teixeira (Administração), que assumiram em janeiro deste ano, foram os outros nomes escolhidos pelo petista.

Os diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução), que seguem em seus cargos, foram indicações do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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