Economia

Mercado melhora projeção para déficit neste ano, mas piora visão para 2021

Dívida bruta em 2021 pode representar até 95,45% do PIB

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Analistas consultados pelo Ministério da Economia melhoraram sua projeção para o déficit primário do governo central neste ano, mas passaram a ver um rombo maior no ano que vem, conforme boletim Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira (19).

Agora, a perspectiva é de um déficit de R$ 844,8 bilhões em 2020, abaixo dos R$ 858,2 bilhões apontados no relatório do mês passado. A cifra histórica reflete os vultosos gastos da União com o enfrentamento à pandemia de coronavírus.

Para 2021, a conta foi piorada a um déficit de R$ 224,8 bilhões, ante 218 bilhões de reais anteriormente.

A meta para o governo central em 2020 é de déficit de R$ 124,1 bilhões, mas o governo não precisará cumpri-la em função do estado de calamidade pública pelo surto de Covid-19.

Em sua estimativa oficial mais recente, o Ministério da Economia calculou um rombo maior para este ano, de R$ 880,5 bilhões, equivalente a 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Quanto ao ano que vem, o governo definiu uma meta de déficit primário de R$ 149,61 bilhões em seu projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas pediu no texto para que ela seja mudada sempre que as receitas para o próximo ano forem recalculadas, já admitindo que o oitavo déficit anual consecutivo do país deve ser muito pior.

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A LDO ainda não foi votada pelo Congresso e sua tramitação está envolta em incertezas em meio a divergências políticas quanto aos trabalhos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e a briga entre o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do chamado Centrão, para indicação à presidência do colegiado.

Segundo o Prisma, a expectativa para a dívida bruta em 2020 foi mantida estável em 94,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2021, analistas previram que a dívida bruta chegará a 95,45% do PIB, ligeira melhora ante o percentual de 95,70% calculado antes.

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