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Migrações de consumidores ao mercado livre de energia multiplicam por três em 2024

Cidade ao anoitecer; tráfego; energia elétrica

Foto: Adobe Stock Photo

O mercado livre de energia do Brasil registrou a adesão de 26.834 novos consumidores em 2024, um volume recorde que supera em mais de três vezes o registrado em 2023, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O forte aumento das adesões refletiu a abertura, a partir de janeiro do ano passado, do ambiente de contratação livre (ACL) para todos os consumidores de energia ligados em alta tensão.

A medida permitiu que pequenas e médias empresas pudessem sair do mercado regulado, das distribuidoras, para o livre, contratando energia elétrica diretamente de um fornecedor –a alternativa antes era acessível apenas a indústrias e outros grandes consumidores.

Segundo o levantamento da CCEE, o perfil dos novos entrantes no mercado livre é constituído de empresas de menor porte e até pessoas físicas.

Do total de migrações registrado em 2024, 92% tinham demanda inferior a 0,5 megawatt (MW), unidades consideradas de tamanho médio a pequeno. Os setores de comércio e serviços foram responsáveis pela metade das migrações, seguidos pela indústria de manufaturados e o segmento alimentício.

Com a onda migratória, a CCEE encerrou o ano passado com um total de 64.493 unidades consumidoras registradas. O número ainda é pequeno se comparado aos mais de 89 milhões de consumidores do mercado regulado, que engloba as residências, mas representa um volume considerável da demanda por energia, aproximadamente 39% do total consumido no país.

Para 2025, a CCEE apontou que as migrações devem continuar crescendo “em ritmo semelhante”. Mais de 12 mil consumidores já informaram às distribuidoras sobre o desejo de migrar no primeiro semestre, disse a instituição, citando dados da agência reguladora Aneel.

(Por Letícia Fucuchima)

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