Economia
Milho salta para máxima de seis semanas com seca nos EUA
O impacto do clima nos estados Unidos pode estimular ainda mais a inflação de alimentos.
Os contratos futuros de milho saltaram para uma máxima de seis semanas após um tour das áreas de cultivo americanas mostrar que as condições se deterioraram com o tempo seco.
Os resultados do primeiro dia do tour mostraram que os rendimentos de milho caíram significativamente no cinturão agrícola oeste, onde o tempo tem sido tão seco em partes de Nebraska e Dakota do Sul que os pés de milho não estão dando espigas. Embora a chuva tenha sido mais abundante no leste, os rendimentos em Ohio também estão abaixo de 2021.
A constatação do impacto do clima nos EUA segue a piora de perspectivas para outros produtores-chave e pode alimentar ainda mais a inflação de alimentos. A seca na União Europeia reduziu a safra do bloco duas vezes mais do que o previsto no mês passado. A Associação Ucraniana de Grãos também diminuiu sua estimativa para a safra de milho à medida que a invasão russa impede a colheita em campos minados ou ocupados.
Os futuros de milho em Chicago subiram até 2,9%, para US$ 6,475 o bushel, o nível intradiário mais alto desde 11 de julho. Soja e trigo também subiram.
Apenas cerca de 55% do milho americano está em condições boas ou excelentes, abaixo dos 60% um ano atrás, mostram números do governo divulgados na segunda-feira (22). A área de terras agrícolas dos EUA que ficaram improdutivas devido a desastres com inundações e secas mais do que triplicou este ano para 6,4 milhões de acres, segundo outro relatório.
“A evolução das condições das colheitas continua sendo um elemento importante a ser seguido, especialmente porque os levantamentos nos campos americanos mostram um potencial de rendimento menor do que no ano passado”, disse a Agritel em nota.
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