Economia
Mulheres ganham apenas US$ 0,51 para cada US$ 1 de renda masculina
Dados fazem parte de relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho.
Uma proporção visivelmente maior de mulheres do que de homens gostaria de trabalhar, mas não tem emprego, uma disparidade global que quase não mudou, de acordo com um índice que mostra dados desde 2005.
O chamado gap de gênero revelado pelo medidor mostra 15% de aspirantes a funcionárias do sexo feminino nessa categoria, em comparação com 10,5% para os colegas do sexo masculino, de acordo com relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho na segunda-feira (6).
O déficit é ainda mais exagerado nos salários: as mulheres ganham apenas US$ 0,51 para cada US$ 1 de renda masculina, escreveram os pesquisadores de Genebra no estudo.
Essa disparidade é pior nos países mais pobres, caindo para US$ 0,29 na categoria de renda média-baixa. A contagem nas nações mais ricas é de US$ 0,58 por US$ 1 ganho pelos homens.
A análise revela diferenças que são mascaradas por medidas convencionais de desemprego, que normalmente incluem apenas pessoas que procuraram trabalho recentemente e com disponibilidade para ocupar um emprego. Essa categorização exclui muitas mulheres desproporcionalmente sobrecarregadas por trabalhos de cuidado não remunerados como, por exemplo, cuidados com crianças.
“Os desequilíbrios de gênero no acesso ao emprego e nas condições de trabalho são maiores do que se pensava anteriormente, e o progresso para reduzí-los tem sido decepcionantemente lento nas últimas duas décadas”, afirmou a OIT em um comunicado à imprensa. “Os novos dados mostram que as mulheres ainda têm muito mais dificuldade em encontrar um emprego do que os homens.”
Veja também
- China aprova ‘aumento gradual’ da idade mínima para aposentadoria
- No Reino Unido, meta do novo governo esbarra nos homens da geração ‘nem-nem’
- FMI diz que flexibilidade no ritmo de cortes da Selic é prudente
- O Brasil está produzindo menos bebês: problemas à vista para a economia
- Como o analfabetismo (ainda) emperra a produtividade do Brasil